Por Uol
Como consequências da quarentena, que isolou milhões de pessoas em casa devido à pandemia do novo coronavírus, restaurantes e outros comércios tiveram de recorrer ao delivery para manter os negócios funcionando e minimizar os prejuízos. Aplicativos de entrega, como o iFood, registraram aumento de mais de 30% no número de motoboys já em março, chegando a 170 mil entregadores inscritos na plataforma.
O aumento da demanda por entregas com motocicletas, e também do desemprego, fruto da crise econômica gerada pela pandemia, fez crescer a busca por motos na OLX, plataforma de classificados online. Nas duas primeiras semanas de junho, a procura por motocicletas na OLX aumentou cerca de 13% em relação ao mesmo período de março deste ano. Cresceu 43% também a procura por mochilas de motoboys.
“Em meio a um dos períodos mais desafiadores do setor automotivo, notamos que as motos ganharam destaque na categoria de Autos. Na OLX, a participação da venda de motos chegou a 40% em abril, quando a média de meses anteriores ficava entre 30% e 33%. Com o isolamento social, a demanda por delivery de refeições e outros itens vem ganhando força e, provavelmente, tem atraído outras pessoas interessadas em trabalhar como entregadores, o que pode garantir uma renda”, afirma Marcos Leite, vice-presidente executivo da OLX Brasil.
Um dos modelos responsáveis por esse crescimento é a Honda CG, a mais buscada e vendida na plataforma desde 2018. A procura pela moto, uma das três mais recomendadas por empresas de delivery aos seus entregadores, aumentou cerca de 20% desde a semana de 13 de abril até meados de maio, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Em 2020 foram vendidas, em média, duas mil unidades do modelo CG 150 por semana na OLX. O volume de buscas da CG em relação às outras motos varia entre 20% e 24%, mas o share de vendas é ainda maior: cerca de 28%.
A pedido da Infomoto, a OLX levantou as motos entre 100 cc e 250 cc mais procuradas na plataforma neste primeiro semestre de 2020. Embora não discrimine o modelo exato, o ranking das motos mais procuradas na plataforma reflete o mercado brasileiro de duas rodas, com domínio de Honda e Yamaha e a preferência por motos street, motonetas e trails urbanas.
1ª Honda CG
Moto e veículo novo mais vendido do país, a Honda CG também é popular entre aqueles que procuram uma moto usada. Fabricada entre 2004 e 2016, a CG 150 é a mais vendida na OLX, mas outras versões da CG lideram o ranking das mais procuradas e anunciadas na plataforma.
2ª Honda Biz
No segundo lugar, aparece a motoneta da Honda Biz, que é vendida atualmente em versões de 110 cc e 125 cc. Robusta, fácil de pilotar, em função da embreagem semiautomática, a Biz ainda conta com espaço sob o assento, o que facilita a vida de quem usa o modelo como meio de transporte e também aumenta a capacidade de carga daqueles que fazem entregas com a motoneta.
3ª Honda NXR Bros
Outra Honda ocupa o terceiro lugar entre as mais buscadas na plataforma. Equipada com roda aro 19, na dianteira, suspensões de curso mais longo e uma posição de pilotagem ereta, a NXR Bros oferece conforto para quem vai ficar muitas horas sobre a moto, além de encarar até uma estrada de terra para fazer entregas. Geralmente mais cara, a Bros compartilha o mesmo motor de 150 cc e 160 cc da CG.
4ª Yamaha XTZ
Embora a OLX não diferencie a antiga XTZ 125 da mais atual XTZ 150 Crosser, ambas têm diversos anúncios na plataforma. E a busca por “XTZ” também mostra os modelos Lander e Ténéré, ambas XTZ, mas de 250cc. Em comum, todos os modelos têm ciclística trail, com suspensões apropriadas para encarar nossas mal-asfaltadas vias.
5ª Yamaha YBR
Embora a sigla YBR identifique diversos modelos da Yamaha, a maioria dos anúncios na OLX são da YBR Factor, de 125 cc e 150 cc. Os modelos da linha YBR Factor oferecem um bom nível de equipamentos para uma moto dessa capacidade, como freio a disco e partida elétrica de série. Apesar de estar na quinta colocação entre as motos mais procuradas, a YBR ocupa o quarto lugar
entre as mais vendidas na plataforma, superando a XTZ.
Foto: Reinaldo Canato/UOL