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Cresce o número de mortes de idosos no trânsito nos últimos três anos

O Dia Internacional do Idoso traz um alerta: nos últimos três anos está crescendo o número de idosos que perdem a vida no trânsito.

Por Portal do Trânsito

Hoje, dia 01 de outubro, comemora-se o Dia Internacional do Idoso. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar da população idosa. Por esse motivo, o Portal do Trânsito faz um alerta, nos últimos três anos está crescendo o número de mortes de idosos no trânsito.

Conforme os dados preliminares recentemente divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2023, 6.274 pessoas com mais de 60 anos perderam a vida em decorrência de sinistros de trânsito, a maioria deles por atropelamentos.

O número de mortes de idosos no trânsito no ano passado é um pouco mais de 3% que o de 2022 e mais de 10% das que ocorreram em 2021.

Em matéria recém-publicada no Portal do Trânsito, o presidente da ABRAMET/RS, Ricardo Hegele, especialista em Medicina do Tráfego, explicou que é preciso uma abordagem diferente para as duas formas de participação dos idosos como vítimas de trânsito, seja como condutores de veículos ou como pedestres.

“De um lado é importante que o médico do tráfego realize uma avaliação cuidadosa das condições e da aptidão física e mental do idoso condutor. E, por outro lado, também se deve dar orientações aos idosos sobre os cuidados como pedestre, especialmente ao atravessar ruas e avenidas”, diz.

O especialista ressaltou que com o avanço da idade as condições físicas e mentais sofrem alterações. E elas podem impactar na segurança do trânsito tanto para os motoristas idosos quanto para os pedestres da mesma faixa etária.

“Para os motoristas idosos, fatores como diminuição da visão, reflexos mais lentos e possíveis limitações cognitivas e motoras podem comprometer a habilidade de reagir rapidamente a situações imprevistas no trânsito. O acompanhamento médico para avaliar reflexos, visão e audição é fundamental. Assim como a manutenção de um estilo de vida saudável para preservar a capacidade de dirigir. Já para os idosos que circulam pelas ruas como pedestres, é preciso redobrar a atenção. Isso porque a mobilidade pode estar comprometida e os riscos de quedas ou atropelamentos aumentam”, lembra o médico.

Prevenção

De acordo com Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito e da Tecnodata, esses dados mostram a necessidade de políticas públicas para garantirem a segurança dos idosos em seus deslocamentos.

“Manutenção de calçadas, de iluminação, investimentos em tecnologias que favoreçam a travessia segura, enfim, é preciso transformar a via pública num ambiente de menor risco para o idoso. Além disso, é preciso que os condutores dos veículos comecem a perceber mais e redobrar os cuidados ao se depararem com pessoas idosas no trânsito”, conclui Mariano.

Dicas para os idosos no trânsito

  • Para atravessar a rua, esperar sempre o sinal de pedestre ficar verde ou nos locais sem semáforo, pedir ajuda para outra pessoa.
  • Nunca parar no meio do cruzamento e atravessar em linha reta.
  • Ao andar na calçada, preferir ficar longe do meio-fio. Dessa forma, para evitar que uma tontura ou tropeço leve o idoso a cair na via, perto dos carros.
  • Evitar carregar peso.
  • Usar sapatos adequados bem como ter muito cuidado com buracos, troncos de árvores ou locais acidentados, que podem causar uma queda;
  • Ao sair de um veículo, escolher o lado da calçada para desembarcar.
  • Observar avanço de doenças como a hipertensão, diabetes, Alzheimer e Parkinson que podem causar sintomas que afetam a capacidade de dirigir;
  • Praticar atividade física;
  • Manter atividades como: leitura e palavras-cruzadas, ou seja, que além de exercitarem o raciocínio, também trabalham a parte motora.

Foto: Reprodução