Inspirada na faixa azul paulistana, faixa preferencial para motos tem 2 quilômetros de extensão e velocidade reduzida
Por Mobilidade Estradão
Inspirada na faixa azul paulistana, a motofaixa na Autoestrada Lagoa-Barra, no Rio de Janeiro (RJ), tem o mesmo objetivo: reduzir os acidentes com motociclistas. Com dois quilômetros de extensão no sentido Lagoa, a sinalização foi instalada em caráter experimental pela CET-Rio no último dia 19.
O funcionamento da motofaixa no Rio reproduz o da faixa azul da capital paulista. Com 1,3 metro de largura, fica entre as duas faixas de rolamento dos carros, organizando o “corredor” das motos. Preferencial, mas não exclusiva e nem obrigatória, a faixa tem sinalização horizontal com faixas tracejadas em azul e branco, na pista. Há ainda sinalização vertical, com placas educativas, a exemplo da Faixa Azul em São Paulo (SP).
Entretanto, a velocidade máxima permitida na motofaixa carioca é inferior a dos veículos que circulam nas outras faixas. Enquanto automóveis podem ir a 80 km/h, os motociclistas não podem passar de 60km/h na faixa. De acordo com a CET-Rio, há radares inteligentes capazes de multar os condutores de motos que ultrapassarem a velocidade máxima.
Segundo a CET-Rio, no primeiro dia de operação cerca de 8 mil motociclistas passaram pela motofaixa. O objetivo é reduzir as ocorrências envolvendo motociclistas, que representam 44% das vítimas na via.
Motofaixa deve ir para outras vias do Rio
Embora ainda esteja funcionando em caráter experimental, a CET-Rio informou que pretende expandir a motofaixa para outras vias da cidade. A próxima avenida prevista para receber a faixa é a Rei Pelé, um trecho da Radial Oeste, no bairro da Tijuca.
Contudo, notícia do jornal “O Globo” revelou que a motofaixa carioca ainda não recebeu a autorização formal para funcionar. Por se tratar de uma sinalização experimental, tanto a faixa azul como a motofaixa precisam de autorização da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
Foto: Marcelo Pereira/Secom-SP