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Usuários e empresas já investem em painéis fotovoltaicos para recarregar a bateria dos automóveis sem precisar da rede elétrica

Por Estadão Mobilidade

Uma das soluções para o fornecimento de energia destinada à recarga da bateria dos veículos elétricos vem do céu. O “combustível” gerado a partir da radiação do Sol se apresenta como eficiente alternativa na hora de reabastecer os carros com esse tipo de propulsão e sem depender da rede elétrica.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia solar representa, atualmente, a segunda maior fonte do País, correspondendo a 23% da capacidade instalada da matriz elétrica.

Os 60 gigawatts (GW) operacionais estão divididos em duas áreas: a geração distribuída (promovida pelos próprios consumidores, quando instalam, por exemplo, placas fotovoltaicas nos telhados de suas casas) e a centralizada (vinda das usinas, conectadas ao sistema interligado nacional).

Enquanto os usuários recorrem à tecnologia em suas residências para executar a recarga da bateria – sem depender da eletricidade –, as empresas vêm investindo na montagem de estações.

“Essas unidades entram em ação a partir da integração de módulos fotovoltaicos, sistemas de armazenamento (baterias) e carregadores elétricos”, explica Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, empresa de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções para a geração distribuída. “A estrutura capta, armazena e disponibiliza energia diretamente do sol para os automóveis.”

O funcionamento dos painéis solares tem um processo relativamente simples, mas altamente tecnológico. Primeiramente, eles são instalados nas coberturas das estações para absorver a radiação solar e a transformam a energia elétrica em corrente contínua.

“A energia é enviada para um inversor, que converte a corrente contínua em alternada, apropriada para uso em equipamentos e carregadores. Parte dessa energia pode ser armazenada em baterias, garantindo o abastecimento mesmo em horários com baixa intensidade de luz solar”, afirma.

Custos para geração de energia solar

Os custos ainda assustam um pouco, porém, Bourscheidt garante que o retorno é garantido. “Em uma residência pequena, o custo da instalação de placas solares é de, em média, R$ 8 mil. Uma de médio porte pagará R$ 12 mil e uma grande, R$ 24 mil. O retorno do investimento acontece em aproximadamente três anos”, diz.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a recarga com a tecnologia impulsionada pelo Sol é 74% menor em relação ao valor do reabastecimento de um carro com motor a combustão.

A própria Energy + está sentindo no bolso os efeitos da energia solar. Bourscheidt diz que as empilhadeiras elétricas usadas em seus centros de distribuição, sempre recarregadas pelo sistema de placas fotovoltaicas, têm custo operacional 97% menor sobre uma máquina similar movida a gás liquefeito de petróleo (GLP).

O executivo identifica um movimento crescente de shoppings centers, edifícios corporativos e postos de combustível na implementação de um modelo híbrido de estação de energia solar e carregamento elétrico.

Os custos ainda assustam um pouco, porém, Bourscheidt garante que o retorno é garantido. “Em uma residência pequena, o custo da instalação de placas solares é de, em média, R$ 8 mil. Uma de médio porte pagará R$ 12 mil e uma grande, R$ 24 mil. O retorno do investimento acontece em aproximadamente três anos”, diz.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a recarga com a tecnologia impulsionada pelo Sol é 74% menor em relação ao valor do reabastecimento de um carro com motor a combustão.

A própria Energy + está sentindo no bolso os efeitos da energia solar. Bourscheidt diz que as empilhadeiras elétricas usadas em seus centros de distribuição, sempre recarregadas pelo sistema de placas fotovoltaicas, têm custo operacional 97% menor sobre uma máquina similar movida a gás liquefeito de petróleo (GLP).

O executivo identifica um movimento crescente de shoppings centers, edifícios corporativos e postos de combustível na implementação de um modelo híbrido de estação de energia solar e carregamento elétrico.

Evolução das placas fotovoltaicas

Numa comparação, um balanço do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, aponta que a plantação de cana-de-açúcar em um hectare agrícola (10 mil metros quadrados) rende sete mil litros de etanol por ano – volume suficiente para um carro flex rodar cerca de 63 mil quilômetros.

A mesma superfície com painéis solares pode entregar 23 vezes mais energia (967,6 MWh), “combustível” que permite um automóvel elétrico percorrer 5,4 milhões de quilômetros.

De acordo com a CGEE, a eficiência das placas fotovoltaicas varia de acordo com a tecnologia empregada e o local de instalação, se há maior ou menor incidência do Sol. A Aneel também já descreveu a qualidade da luz solar no Brasil. “O ‘pior’ sol do País, que está no Paraná e apresenta irradiação de 1.500 KWh/m² ao ano, é superior ao melhor sol da Alemanha – pioneiro em geração de energia solar no mundo.”

Nos últimos seis anos, as placas solares evoluíram bastante, com o aprimoramento na construção das células e a potência aumentada de 270 para até 700 watts. “A garantia, geralmente, é de 25 anos, quando o painel estará operando com 92% de sua capacidade”, destaca.

No entender de Clemente Gauer, diretor da ABVE, as estações solares são importantes para descentralizar a geração de energia, trazendo benefícios aos consumidores e empresários, que investem na instalação de placas fotovoltaicas. “É um efeito cascata. O frete fica mais barato, o preço dos alimentos diminui, o usuário economiza e a economia se fortalece”, raciocina.

Foto: Adobe Stock

Portaria assinada pelo Ministério do Trabalho será publicada no Diário Oficial e exigirá laudo técnico para liberar o pagamento

Por O Globo

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assinou nesta sexta-feira a portaria que regulamenta o pagamento de adicional de periculosidade a agentes de trânsito. A medida altera a Norma Regulamentadora nº 16 (NR 16) e dá efetividade à Lei nº 14.684/2023, reconhecendo oficialmente os riscos acentuados enfrentados pela categoria em atividades como fiscalização em vias públicas, operações de trânsito e situações de violência urbana.

O benefício reconhece que a atividade envolve riscos elevados, como colisões, atropelamentos e situações de violência. Ele já estava previsto na Lei nº 14.684/2023, aprovada no ano passado pelo Congresso, mas dependia da regulamentação do Executivo.

Mesmo após a publicação da portaria, o pagamento não será imediato. Para os trabalhadores contratados pela CLT, será necessário comprovar a exposição ao risco por meio de laudo técnico elaborado por médico do trabalho ou engenheiro de segurança, conforme determina a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Norma Regulamentadora nº 16.

No caso dos servidores estatutários — maioria da categoria em estados e municípios —, a concessão do adicional dependerá de regulamentações locais ou de negociações específicas com os governos regionais.

Durante o ato, que reuniu centrais sindicais, o ministro Luiz Marinho destacou a conquista como resultado da união da categoria e do trabalho da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), retomada pelo governo Lula.

— A união da categoria e os esforços dos representantes da CTPP foram preponderantes para a conquista — disse Marinho.

O adicional de periculosidade já é garantido a profissionais como eletricistas, vigilantes e trabalhadores que lidam com inflamáveis e explosivos. Com a assinatura da portaria, os agentes de trânsito passam a integrar oficialmente esse grupo, aguardando apenas a publicação para que a medida entre em vigor.

De acordo com o ministro, a portaria será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira, 25, e passa a valer imediatamente.

Foto: Divulgação

Com redução de 45% da alíquota do imposto no Paraná, IPVA do estado torna-se o mais barato do país; confira o ranking

Por AutoEsporte

Anualmente, proprietários de carros, motos, caminhões e ônibus se programam para o pagamento do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). No país, a taxa toma como base o mercado veicular e varia de acordo com o estado; ou seja, não é a mesma em todo o território nacional.

Como exemplo disso, nesta quarta-feira (20), o Governo do Paraná anunciou redução de 45% na alíquota do imposto a partir de 2026. Dessa forma, a porcentagem cairá de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal dos veículos, o que o tornará o estado com IPVA mais barato do Brasil.

Pensando nisso, Autoesporte separou os estados com IPVAs mais baratos e caros do Brasil. Vale mencionar que os valores demonstrados nos rankings referem-se à alíquota mínima para carros de passeio. Também indicamos com asteriscos condições específicas que provocam mudanças nas porcentagens, além de, claro, suas respectivas explicações. Ou seja, não se espante ao ver Pernambuco, abaixo, no topo da lista. Exceção à regra que iremos elucidar no texto.

Confira as listas abaixo:

Os estados com IPVA mais baratos

PosiçãoEstadoValor da alíquota
Pernambuco (PB)1,5%*
Paraná (PR)1,9%
Acre (AC)2%
Espírito Santo (ES)2%**
Mato Grosso (MT)2%***
Santa Catarina (SC)2%
Tocantins (TO)2%
Bahia (BA)2,5%
Ceará (CE)2,5%****
Pará (PA)2,5%
Paraíba (PB)2,5%
Sergipe (SE)2,5%*****
12ªAlagoas (AL)2,75%******

Fonte: Sefaz/ Estados

Em Pernambuco, a alíquota de 1,5% refere-se apenas a carros movidos a GNV, o que corresponde a uma pequena parcela da frota. Por esse motivo, apesar de aparecer em 1º lugar da lista, ainda consideramos a alíquota do Paraná a mais barata do país, tendo em vista que a porcentagem de 1,9% é aplicada em todos os veículos de passeio, sem exceção.

** No Espírito Santo, veículos fabricados em 2009 estão isentos automaticamente do pagamento do imposto por terem mais de 15 anos de fabricação.

*** Em Mato Grosso, 2% é a porcentagem para carros de passeio com motor 1.0. Para os demais, a alíquota é de 3%.

**** O Governo do Ceará estipula que a alíquota do IPVA seja de 2,5% para carros de passeio com motor de até 100 cv e de 3% para modelos com trem de força que entrega mais de 100 cv até 180 cv. Veículos de passeio com propulsor que rende acima de 180 cv pagam 3,5%. Para carros elétricos, no entanto, o valor recolhido é de 2,5%.

***** No Estado do Sergipe, a cobrança do IPVA é a partir de 2,5% para automóveis de até R$ 120 mil. No entanto, modelos com valor superior pagam 3%.

**** O imposto em Alagoas para veículos de passeio é de 2,75% para carros de até 80 cv; 3% para carros de 81 cv a 160 cv; 3,25% para automóveis com potência superior a 160 cv.

Antes, a alíquota do Paraná era uma das mais caras do país, ocupando o 4º lugar, assim como o Distrito Federal (como mostraremos a seguir). Como já mencionado, com a nova medida, o IPVA paranaense passa a ser o mais barato do país por apenas 0,1% de diferença do Acre, no segundo lugar.

Quanto aos mais caros temos empate técnico, com três estados cobrando 4%. Além disso, boa parte das unidades federativas têm alíquota de 3%. Amapá, Maranhão, Rio Grande do Sul e Roraima, por exemplo, fazem parte deste grupo. Confira:

Os IPVA mais caros do Brasil

PosiçãoEstadoValor da alíquota
São Paulo (SP)4%
Minas Gerais (MG)4%
Rio de Janeiro (RJ)4%*
Distrito Federal (DF)3,5%
Amapá (AP)3%
Goiás (GO)3%**
Maranhão (MA)3%
Mato Grosso do Sul (MS)3%***
Piauí (PI)3%****
Rio Grande do Sul (RS)3%
Rio Grande do Norte (RN)3%*****
Rondônia (RO)3%******
Roraima (RR)3%

Fonte: Sefaz/ Estados

A alíquota do IPVA do Rio de Janeiro é de 4% para todos os carros de passeio, exceto os movidos a Gás Natural Veicular (GNV), que têm IPVA de 1,5%. Por outro lado, proprietários de carros elétricos pagam 0,5% sobre o valor do automóvel.

** O Governo de Goiás estipula que a alíquota do IPVA seja de 3% para carros com potência até 100 cv. Veículos com mais de 100 cv têm alíquota de 3,75%.

*** No Mato Grosso do Sul, veículos movidos a GNV estão isentos de pagar o imposto.

**** O Governo do Piauí determina que a alíquota do IPVA para o estado seja de 3% para carros com valores acima de R$ 150 mil. Para outros automóveis o valor cai para 2,5%.

***** Rio Grande do Norte cobra 3% de alíquota para carros de passeio. No entanto, veículos elétricos são cobrados no valor de 0,5%. Por outro lado, modelos com mais de 10 anos de uso são isentos do imposto.

****** Em Rondônia, veículos utilizados em serviços de transporte por aplicativo podem usufruir de isenção.

Foto: Getty Images

O Estado conta atualmente com 5,8 milhões de condutores com cadastro ativo

Por Portal do Trânsito

O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) registrou, no primeiro semestre de 2025, 80.402 novos motoristas habilitados — um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram emitidas 69.174 primeiras habilitações.

O Estado conta atualmente com 5,8 milhões de condutores com cadastro ativo. Desse total, 657.692 carteiras estão vencidas há mais de 30 dias e 223.050 correspondem a permissões provisórias.

Segundo o presidente do Detran-PR, Santin Roveda, os números refletem investimentos em qualificação, educação e rigor técnico no processo de formação.

“A marca de 80 mil novos condutores reflete a eficiência de políticas públicas voltadas para a educação para o trânsito e a modernização dos serviços oferecidos pelo Detran-PR, que têm facilitado o acesso e a qualidade da formação de motoristas”, destacou.

Ele também lembrou que dirigir é mais do que uma conquista pessoal. “Esses números representam milhões de paranaenses que, ao volante, contribuem com o desenvolvimento e assumem o compromisso com um trânsito mais seguro e consciente”.

Por que mais pessoas estão tirando a CNH?

De acordo com Larson Orlando, chefe do Departamento Executivo de Habilitação, o aumento pode estar ligado a diferentes fatores, como o crescimento da população economicamente ativa, a retomada de processos represados pela pandemia e o maior interesse dos jovens pela habilitação.

“Também vemos reflexos do aumento da frota, da expansão urbana e da demanda por profissões que exigem CNH, como motoristas de aplicativo, entregadores e profissionais da logística”, explicou.

Perfil dos motoristas paranaenses

Levantamento do Detran-PR mostra que a maior parte dos condutores do Estado tem mais de 50 anos (1,9 milhão). Em seguida vêm as faixas de 40 a 50 anos (1,4 milhão), 33 a 39 anos (974 mil), 26 a 32 anos (907 mil) e 18 a 25 anos (610 mil).

Quanto às categorias, predominam as habilitações para automóveis (B) com 2,7 milhões de registros. Seguidas da AB (moto e carro) com 2,1 milhões e da AD (moto e ônibus) com 264 mil.

Avanços na avaliação psicológica para a CNH

A psicóloga Carine Coas, chefe do Setor de Psicologia e Coordenadora Técnica das Juntas Psicológicas do Detran-PR, destacou mudanças recentes que trouxeram mais segurança e transparência ao processo de avaliação dos candidatos à habilitação.

Entre elas, está a criação do “resultado inconclusivo”, que permite complementações da avaliação psicológica sem nova cobrança de taxa, quando necessário.

“Essa reestruturação teve como objetivo qualificar os serviços, fortalecer os princípios éticos e técnicos da psicologia e garantir maior segurança ao processo. Evitar conclusões precipitadas aumenta a confiabilidade do resultado final”, explicou.

Carine reforçou que as mudanças visam garantir que apenas pessoas com condições cognitivas, emocionais e de personalidade adequadas possam conduzir veículos. “Esse novo formato reconhece a complexidade do ser humano e reforça o compromisso com a segurança viária”.

Foto: Giuliano Gomes/Detran-PR

Os números reforçam a urgência de políticas públicas mais consistentes, que combinem educação no trânsito, fiscalização rigorosa e melhoria na infraestrutura viária

Por Portal do Trânsito

O Brasil registrou, em 2024, um aumento de 8,94% nas mortes no trânsito em comparação com o ano anterior, segundo dados do Mapa da Segurança Pública 2025 (ano-base 2024), divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O levantamento aponta que todas as regiões do país, com exceção de alguns estados isolados, tiveram alta no número de vítimas fatais.

Apesar da relevância dos dados, o Portal do Trânsito alerta: os números ainda são parciais. Isso porque não incluem os registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Além disso, o histórico mostra que as atualizações posteriores do Ministério da Saúde costumam elevar o total de óbitos. Ou seja, a tendência é que o número real de mortes no trânsito em 2024 seja ainda maior.

Tendência de alta interrompe estabilidade

O crescimento registrado em 2024 interrompeu a breve estabilidade observada no ano anterior. Em 2021, o Brasil contabilizou 23.003 mortes no trânsito. Já em 2022, houve alta de 5,58% (24.286 vítimas). Em 2023, ocorreu uma leve queda de 1,21%, totalizando 23.992 mortes. Já em 2024, o país voltou a registrar aumento expressivo.

A taxa nacional de mortalidade no trânsito subiu de 11,33 óbitos por 100 mil habitantes, em 2023, para 12,30 em 2024.

Diferenças regionais

A Região Norte liderou o crescimento proporcional, com alta de 24,62% (de 2.226 para 2.774 mortes). No Nordeste, o avanço foi de 11,21% (de 7.157 para 7.959). O Sul teve elevação de 6,15% (de 2.912 para 3.091), enquanto o Sudeste registrou aumento de 5,20% — mas se manteve como a região com mais mortes absolutas.

Entre os estados, os maiores aumentos proporcionais ocorreram no Amazonas (+47,46%), Rondônia (+41,02%) e Acre (+39,78%). As quedas mais expressivas foram em Minas Gerais (-7,94%), Distrito Federal (-5,10%) e Bahia (-4,24%).

Quando se observa a taxa proporcional à população, Tocantins lidera com 39,37 mortes por 100 mil habitantes, seguido por Mato Grosso (26,07) e Espírito Santo (23,77). As menores taxas foram registradas em Amazonas (6,10), Bahia (6,23) e Piauí (7,11).

Municípios mais afetados

No ranking municipal, Rio de Janeiro (RJ) aparece em primeiro lugar com 706 mortes no trânsito em 2024, seguido por São Paulo (SP) (657), Brasília (DF) (242), Recife (PE) (179) e Fortaleza (CE) (176).

Perfil das vítimas

O levantamento confirma que homens continuam sendo a maioria absoluta das vítimas fatais, representando 75,99% dos casos (19.861). As mulheres correspondem a 21,74% (5.682 casos) e 2,28% dos registros não tiveram o sexo identificado.

Um dado que chama atenção vem do Espírito Santo: o número de mulheres mortas no trânsito saltou de 170, em 2023, para 804, em 2024 — um aumento de 372,94%.

Especialistas alertam para cenário ainda mais crítico

Para especialistas, os números reforçam a urgência de políticas públicas mais consistentes, que combinem educação no trânsito, fiscalização rigorosa e melhoria na infraestrutura viária.

O Ministério da Justiça destaca que a coleta e padronização das informações, feita por meio do Sinesp Validador de Dados Estatísticos, é essencial para que gestores e sociedade civil possam acompanhar a evolução dos indicadores e cobrar resultados.

O especialista em trânsito Celso Mariano avalia que o aumento de mortes é preocupante e que as estatísticas podem piorar se a proposta do Ministério dos Transportes, que pretende tornar facultativo o curso em autoescola para a primeira habilitação, for adiante.

“Os números mostram que já temos um enorme desafio para reduzir a violência no trânsito. Se enfraquecermos a formação de condutores, esse desafio pode se tornar ainda maior. A preparação teórica e prática nas autoescolas não é um luxo, é um investimento em segurança e em vidas preservadas”, afirma.

Embora os dados de 2024 já sejam preocupantes, a perspectiva é de que, com as atualizações pendentes, o retrato final seja ainda mais grave — o que coloca a redução das mortes no trânsito como prioridade imediata para os próximos anos.

Foto: Romaset para Depositphotos

Reunião destacou o processo de regulamentação, função e implantação das administradoras, além de número mínimo de participantes e prazo para regulação e liquidação de eventos; Minuta de Resolução do CNSP receberá contribuições por 45 dias

Brasília (DF), 15 de agosto de 2025 – O Conselho Diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep) discutiu em reunião, nesta semana, a proposta de Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que estabelece normas gerais aplicáveis às operações de proteção patrimonial mutualista, segundo a Lei Complementar n.º 213/2025. A minuta aprovada foi submetida à consulta pública, visto a extensão e a importância do tema tratado. O Edital de Consulta Pública nº 2/025/SUSEP foi publicado hoje (15) e os interessados poderão enviar seus comentários e sugestões por 45 dias.

Em março deste ano, foi criado um grupo de trabalho com três subgrupos para tratar das cooperativas de seguros, das operações de proteção patrimonial mutualista e do regime sancionador. O trabalho do segundo subgrupo foi encerrado e o relatório final foi entregue ao grupo principal com a minuta do ato normativo. Foram realizadas 9 sessões internas para a elaboração do documento. Após ajustes propostos pelo grupo de trabalho e pelo superintendente da autarquia, ele foi encaminhado ao Conselho Técnico da Susep, que deliberou com unanimidade para a continuidade do processo normativo.

A minuta estabelece o prazo de 18 meses, a partir da data de publicação da resolução, para que as associações se adequem à legislação aplicável. O prazo busca compatibilizar a necessidade de adaptação das mútuas e a entrada e operação das administradoras.

Sobre esse assunto, a norma estabelece que a razão social dessas instituições precisar conter a expressão “administradora de proteção patrimonial mutualista”. Além disso, fica definido que só podem ser ofertados pelas administradoras contratos de participação para garantias de danos patrimoniais de cascos de veículos automotores de vias terrestres e de danos patrimoniais de responsabilidade civil a terceiros decorrentes de acidentes com o veículo protegido e assistências, desde que relacionados diretamente com os danos patrimoniais garantidos.

A minuta também destaca que o prazo máximo para regulação e liquidação de eventos será de até 90 dias, contados a partir da data de comunicação. Entre os critérios de funcionamento, o documento define que as associações precisam ter pelo menos mil participantes ativos, com exceções, desde que comprovada a viabilidade técnica. O número tem o objetivo de garantir estabilidade às atividades da mútua.

Além disso, o documento também prevê princípios de conduta entre os participantes; critérios para a comercialização dos contratos de participação; direitos, obrigações e deveres das associações e administradoras; regras de rateio e contribuições; e normas contábeis e auditorias.

Ademais, a Susep reconheceu expressamente a relevância institucional das associações e o importante papel do mutualismo no atendimento de parcela da população brasileira que não possuí condições econômicas de contratar seguro tradicional, conferido maior acesso à proteção patrimonial.

Acesso o edital de consulta pública n.º2/2025/SUSEP

Relatório de “Análise de Roubo de Cargas” da nstech aponta aumento de 14,3 p.p em roubos noturnos no país, com pico às sextas-feiras (23,2%) Levantamento aponta incidência 5,5% maior na região Nordeste, quando comparado com o mesmo período de 2024

Por Portal do Trânsito

No primeiro semestre de 2025, o Sudeste permaneceu como a região mais afetada pelos roubos de carga no Brasil. Mesmo com a redução no percentual de prejuízo registrado – de 80,6% em 2024 para 62,4% em 2025 (queda de 18,2 pontos percentuais) – a região ainda concentra a maior parte das perdas do setor.

Na segunda posição do ranking, o Nordeste respondeu por 21,3% dos prejuízos entre janeiro e junho de 2025, registrando um aumento de 5,5%. em relação ao mesmo período de 2024.

Os dados são do relatório “Análise de Roubo de Cargas”, elaborado pela nstech, maior empresa de software para supply chain da América Latina. O estudo é baseado nas informações apuradas pelas gerenciadoras de risco BRK, Buonny e Opentech, que integram o ecossistema da companhia.

Perfil dos roubos no Sudeste

No Sudeste, 50,6% das perdas foram associadas ao roubo de cargas fracionadas e 39% às operações de transporte de alimentos.

Entre os estados da região, São Paulo liderou com 56,8% dos prejuízos registrados, embora tenha apresentado queda de 11,8 p.p. em comparação com o primeiro semestre de 2024. Já o Rio de Janeiro viu um crescimento expressivo, passando de 18,7% para 21,9% no período.

Um dado inédito chama atenção: em junho de 2025, o Rio de Janeiro concentrou 56,6% dos prejuízos mensais, enquanto São Paulo caiu para a 5ª posição, com apenas 3,7% – um movimento atípico, já que o estado liderava em 2024 com 48,7%.

“O Rio de Janeiro permanece com tendência de crescimento, como nossos relatórios anteriores já vinham sinalizando desde 2024. Mesmo com todos os altos investimentos realizados pela iniciativa privada e a aplicação de recursos adicionais que as empresas aplicam para entregas e até mesmo somente para passar pelo Rio de Janeiro, a tendência de crescimento no roubo de cargas no estado continua escalando e cada vez mais. Tanto o Frete como o preço de seguro para mercadorias destinadas ou que passam pelo Rio de Janeiro ficam cada vez mais caros, o que no fim, impacta na gôndola para os consumidores finais – em especial, produtos alimentícios, que são os mais visados pelas quadrilhas que atuam no estado”, analisa Maurício Ferreira, VP de Inteligência de Mercado da nstech.

Minas Gerais, por sua vez, obteve uma queda significativa no percentual de prejuízos: de 14,2% em 2024 para 3,4% em 2025.

Já o Paraná assumiu a terceira posição nacional, com 7,5% do total de perdas – um salto relevante frente aos 0,6% registrados no mesmo período do ano anterior.

Cargas fracionadas seguem como principal alvo, apesar de queda nas ocorrências

No primeiro semestre de 2025, as cargas fracionadas continuaram sendo as mais visadas por criminosos, representando 43,8% do total de prejuízos com roubo de cargas no país. Apesar da liderança, o segmento registrou uma queda de 14,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024.

Esses tipos de carga são especialmente vulneráveis durante a noite, quando ocorrem 54,2% dos roubos, e às sextas-feiras, que concentram 32,8% dos casos.

A região Sudeste segue como epicentro das perdas nesse tipo de carga, com 71,9% do total de prejuízos, sendo São Paulo responsável por 51,3% e o Rio de Janeiro, por 14,6%.

Na segunda posição do ranking de produtos mais visados, os alimentos registraram 33,3% dos prejuízos no semestre — um aumento expressivo em relação aos 22,6% no mesmo período de 2024. Já os eletrônicos responderam por 10,8%, frente a 9% no ano anterior.

Estudo também detalha períodos mais perigosos, além de rotas e rodovias críticas

O relatório da nstech também detalha os períodos mais perigosos para o transporte de cargas no Brasil. A sexta-feira se destacou como o dia com maior concentração de prejuízos no primeiro semestre de 2025, respondendo por 23,2% do total registrado. A maior parte das ocorrências ocorreu no período noturno, que concentrou 68,6% dos valores sinistrados apenas nas sextas. Nesse cenário, o estado de São Paulo foi o mais afetado, responsável por 42,1% dos prejuízos registrados nesse dia da semana. As cargas mais visadas foram as fracionadas, que representaram 62,1% das perdas, seguidas pelos alimentos (35,6%), bebidas (1,8%) e medicamentos (0,5%).

Na comparação com o primeiro semestre de 2024, houve aumento nas ocorrências registradas às sextas-feiras (23,2% em 2025, contra 16,8% em 2024), às quintas (20,9% contra 18,2%) e também aos domingos (12,5% contra 11,2%), indicando uma mudança no comportamento das ações criminosas, com maior concentração próxima ao fim de semana.

As áreas urbanas mantiveram-se como as regiões mais afetadas pelos roubos de carga, somando 27,7% dos prejuízos no período

Apesar da liderança, o número representa uma queda em relação aos 31,8% registrados no mesmo período de 2024. Entre as rodovias mais críticas, a BR-101 liderou com 14,7% do total de prejuízos por roubo de cargas no primeiro semestre de 2025. O número representa mais que o dobro dos 5,9% registrados no mesmo intervalo de 2024. As cargas fracionadas e os produtos alimentícios responderam, juntas, por 81,4% dos roubos registrados nessa rodovia.

A BR-226 também chamou atenção no relatório ao aparecer, de forma incomum, entre as rodovias com maior incidência de roubos. No primeiro semestre de 2025, ocupou o segundo lugar no ranking, com 8% do total de prejuízos. Ou seja, um percentual superior ao registrado em 2024, que foi de 5%. A maioria dos sinistros nessa rodovia ocorreu no estado do Tocantins, com 67,3%, seguido pelo Maranhão, com 32,7%.

Dentro do ecossistema nstech, a companhia registrou um aumento de 19,4% nas cargas monitoradas pelas gerenciadoras de risco. Entre janeiro e junho deste ano, o valor de mercadorias gerenciadas pelo ecossistema superou R$ 1,1 trilhão. As operações monitoradas pela empresa representaram resultados positivos. Devido aos constantes investimentos em pessoas, processos e tecnologia, os clientes tiveram uma redução de 32% da taxa de sinistralidade no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2023.

O produto que impacta diretamente neste número é uma solução de checagem de motoristas e veículos. Ele unifica dados de bases mais robustas do país, o Cadastro Unificado. A solução em questão aplica inteligência artificial e machine learning para análise de motoristas e veículos. Dessa forma, utilizando os dados dos 3 maiores players do gerenciamento de risco do mercado. Com isso, transportadoras, embarcadores e seguradoras podem mitigar riscos sem comprometer a fluidez de suas operações.

Foto: Reprodução/BRK Tecnologia

A Pesquisa Tendências do Consumidor – Mobilidade Urbana, elaborada pelo Data OLX Autos, avalia o comportamento e as preferências do público relacionado à mobilidade nos centros urbanos.

Por Portal do Trânsito

O carro é o meio de transporte que 73% dos respondentes se sentem mais seguros para os deslocamentos. É o que mostra a Pesquisa Tendências do Consumidor – Mobilidade Urbana, elaborada pelo Data OLX Autos, fonte de inteligência automotiva do Grupo OLX. O estudo avalia o comportamento e as preferências do público relacionado à mobilidade nos centros urbanos.

A pesquisa mostra que além do carro, aplicativos de mobilidade e uso de táxi são modais que proporcionam segurança para 65% e 56% do público entrevistado, respectivamente. A sensação de segurança declarada para deslocamento a pé foi o quarto mais apontado, com 51%.

Do total de entrevistados, 72% são donos de algum tipo de veículo. Desses, 93% têm carro, 33% moto, 15% picape ou caminhonete, 5% caminhão, e 16% outro automóvel.

“Como uma das principais plataformas de compra e venda online de veículos do país, a OLX também atua como fornecedora de dados e inteligência para o mercado automotivo, ajudando a identificar comportamentos do consumidor e antecipar tendências que impactam a mobilidade urbana. Neste estudo, observamos que o tráfego é a questão que mais incomoda os participantes nos deslocamentos diários, conforme indicado por 75%. Em segundo lugar, os respondentes (55%) citam os custos elevados com o combustível, pedágio, estacionamento, etc. como um obstáculo para quem se locomove pelas cidades”, afirma Flávio Passos, VP de Autos do Grupo OLX.

Frequência de uso dos meios de locomoção

Em relação aos tipos de transporte usados com maior frequência, o automóvel foi o meio mais citado, conforme apontado por 49% dos participantes. O deslocamento a pé foi o segundo mais lembrado, com 23% e a motocicleta o terceiro, com 16%.

No recorte de entrevistados que pretendem comprar automóvel, o uso frequente desse tipo de transporte sobe para 54%. Já entre os respondentes que não têm intenção de adquirir um modelo, ainda sim, utilizam o meio com frequência para se deslocar, o que foi indicado por 44%.

Meios de usos e finalidades

De acordo com a pesquisa do Data OLX Autos, o uso do automóvel ocorre especialmente para visitar a residência de amigos e familiares na cidade, apontado por 71% das respostas, além de hospitais e clínicas de saúde/ locais de lazer e esporte (69% cada), supermercados e padarias (63%), bares e restaurantes (60%), parques e praças/ igrejas e templos (55%, cada), para o local de trabalho (53%), bancos e lotéricas (50%), escolas e universidades (42%) e academia (37%).

O deslocamento a pé é o segundo meio mais utilizado, citado pelos usuários principalmente para ir à farmácia (49%), aos parques e praças/supermercados e padarias (42%, cada), à academia (36%), para igrejas e templos (28%) e para a casa de amigos e familiares na cidade (27%).

O transporte por aplicativo foi apontado principalmente para ir a bares e restaurantes (27%), aos hospitais e clínicas de saúde/locais de lazer e esporte (24%, cada).

Já a citação do uso da motocicleta ocorreu especialmente como meio de locomoção para o trabalho (20%) e para escolas e universidades (13%).

Condições de mobilidade

A pesquisa também trouxe percepções dos entrevistados sobre as condições de mobilidade urbana nas cidades em que residem. As classificações mais positivas foram em relação à fluidez/fluxo de trânsito, apontada como “ótima” ou “boa” por 21%.

As condições de ciclovia/ciclofaixa/acostamento para ciclista receberam as piores avaliações, sendo sinalizadas como “ruim” ou “péssima” por 58%.

Na avaliação sobre os meios de transporte, destaque para a oferta de automóveis por aplicativos, indicados como “ótimo” ou “bom” por 52% dos respondentes. Já a oferta de meios individuais de locomoção, como bicicletas e patinetes, foram os mais criticados, sendo apontados como “regular” e “ruim” por 61%.

Bikes

Sobre o uso de bicicletas, dentre os 31% que fazem uso dela na rotina, 92% utilizam somente equipamento próprio, enquanto 4% usam uma alugada, mesmo percentual dos que utilizam tanto a própria quanto alugada. Somente 4% das bikes são elétricas.

Carona

Quando se observa o comportamento em relação ao uso de carona, 74% afirmam que não têm o hábito de fazê-lo em seus deslocamentos. Já 22% costumam pegar carona com conhecidos, amigos ou familiares e 8% utilizam aplicativos de carona.

Recarga de automóvel elétrico

Com os veículos elétricos cada vez mais presentes no mercado brasileiro, a pesquisa do Data OLX Autos pediu a avaliação dos respondentes que possuem automóveis eletrificados ou híbridos sobre o local de recarga. Sete em cada dez participantes recarregam em casa ou no condomínio que residem, enquanto 24% o fazem em shoppings ou centros comerciais.

No caso das viagens mais longas, 53% planejam antecipadamente as paradas em pontos de recarga; 42% procuram por locais durante o trajeto, e 26% levam consigo carregador portátil.

Intenção de compra de veículo

Segundo a pesquisa, 53% dos respondentes pretendem comprar um automóvel nos próximos seis meses. Em relação ao tipo de automóvel, 42% deseja um modelo usado (acima dos 3 anos), 24% um seminovo (até 3 anos), e 9% zero quilômetro. Já 26% ainda não decidiram pelo tipo.

Dentre os que pretendem comprar carro, 43% indicaram que apenas uma pessoa dirigirá o veículo; 47% duas, 6% três e 5% quatro ou mais dirigirão.

Dentre os que não pretendem adquirir um automóvel nos próximos meses, 44% apontaram como principal motivo o fato de já terem um carro atualmente.

Percepção de valores

A percepção sobre preços nos últimos 12 meses pelos respondentes é de que todos os atributos pesquisados tiveram aumento, em especial o valor dos automóveis novos, apontado por 91%, do combustível, citado por 90%, e do seguro do carro, sinalizado por 88%.

Em relação à percepção para os próximos 12 meses, o percentual de respondentes que acredita no aumento do preço do combustível e dos automóveis novos é de 88%, cada. A expectativa mais otimista é sobre a diminuição do preço dos seminovos ou usados, com 10%.

Para 16%, o valor do IPVA permanecerá estável.

Veículos autônomos

Sobre os veículos autônomos, 73% dos respondentes afirmam que já conhecem ou ouviram falar dos modelos.

Para 87%, esse tipo de tecnologia necessita de infraestrutura nas cidades. Para 78%, faltam testes para a sua validação, mas 75% a enxergam como inovadora.

Metodologia

A pesquisa quantitativa online foi feita pelo Data OLX Autos por meio da aplicação de questionário online entre os dias 28 de abril e 22 de maio. Foram 1.210 pessoas entrevistadas: 85% homens e 15% mulheres. A maioria é casada (65%), tem filhos (72%) e trabalha presencialmente todos os dias (49%).

Em relação às faixas de idade, 56% da Geração X, 27% da Geração Y, 9% da Geração Z e 8% Baby Boomers.

No que tange à classe social: 46% pertencem à classe B, 33% da Classe C, 11% da Classe A e 9% das classes D/E.

Dos consumidores entrevistados, 45% são do Sudeste, 24% do Nordeste, 13% do Centro-Oeste, 12% moram no Sul e 5% no Norte.

Foto: fujji para Depositphotos

Julho de 2025 marcou o melhor mês da eletromobilidade no Brasil, com recordes em várias categorias de veículos

Por AutoPapo

O Brasil ultrapassou a marca dos 500 mil EVs em circulação. Os números são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Segundo o balanço, desde 2012, a eletromobilidade brasileira vinha crescendo lentamente. Mas em 2025, o avanço foi surpreendente.

O volume corresponde a todos os tipos de veículos eletrificados:

BEV (100% elétrico);

PHEV (híbrido plug-in);

HEV (híbrido convencional);

HEV Flex (híbrido com etanol).

Os destaques no mês de julho

Em julho de 2025, foram registradas 7.010 vendas de BEVs, o maior volume na categoria no Brasil. O mercado de EVs fechou o mês com mais de 19 mil unidades vendidas, representando 8,27% de participação total nos veículos leves.

Além disso, o mês de julho também bateu recordes nas vendas de ônibus elétricos, com 160 unidades vendidas. Esse número representa um salto de 1.130,8% em relação a julho de 2024. Dessa forma, esse crescimento mostra a adoção crescente da eletrificação no transporte público brasileiro.

A maior oferta de modelos e a expansão da rede de recarga podem estar entre os fatores que impulsionaram esse aumento nas vendas. Além disso, o público consumidor está cada vez mais confiante nos carros elétricos.

Os híbridos presentes no mercado

Os híbridos convencionais também tiveram bom desempenho, com um crescimento de 68,8% em relação a junho. Por outro lado, os HEV Flex cresceram em relação ao mês passado, no entanto, apresentaram uma queda em relação ao ano anterior. Os micro-híbridos também avançaram: foram mais de 6 mil unidades vendidas.

No recorte regional, a região Sudeste domina esse mercado, com 46,2% das vendas, seguida pelas regiões Sul e Nordeste. Entre os estados, São Paulo e o Distrito Federal estão na liderança. Os dados de julho de 2025 mostram que o Brasil está entrando de vez na era da mobilidade elétrica.

O aumento de vendas, os recordes em diferentes segmentos e a expansão regional indicam que a eletromobilidade deixou de ser nicho e se tornou tendência para a população nacional. Essa diferença, por sua vez, pode ser explicada por questões como infraestrutura de recarga, poder de compra e políticas públicas locais.

Foto: Divulgação/Auto Papo

Estudo divulgado pelo Grupo Brasil Atuarial aborda arquitetura normativa detalhada e rigorosa para promover transparência, segurança e equidade nas operações de proteção patrimonial mutualista

Brasília (DF), 7 de agosto de 2025 – A Lei Complementar (LCP) n.º 213/2025, sancionada em 15 de janeiro deste ano, delineia as prerrogativas e as obrigações dos participantes do sistema mutualista, com o objetivo de garantir a proteção dos interesses coletivos e individuais, o cumprimento das funções das associações e das administradoras, bem como a estabilidade das relações contratuais e financeiras. Estudo recente divulgado pelo Grupo Brasil Atuarial destaca os principais dispositivos da nova normativa.

O documento destaca o dever de contribuição financeira, especificado no Art. 88-F, § 1º, da Lei Complementar. Já o Art. 88-N exige a adesão às condições contratuais preestabelecidas. A manutenção de um cadastro atualizado junto à administradora, como prevê o Art. 88-E, § 1º, e a comunicação tempestiva de eventos que ensejem indenização, nos termos do Art. 88-F, § 1º, são também obrigações.

Além disso, o respeito às regulamentações internas é indispensável, conforme o Art. 88-G, § 5º, que exime os participantes de responsabilidade por despesas apuradas após seu desligamento. O Art. 88-F consagra o direito dos participantes acessarem relatórios detalhados sobre as finanças do grupo, abrangendo receitas, despesas, reservas técnicas e a situação patrimonial.

O estudo da Brasil Atuarial também afirma que a LCP n.º 213/2025 estabelece um sistema robusto de governança e de proteção patrimonial. Ela assegura clareza normativa e segurança jurídica para fomentar a confiança dos envolvidos e contribui para a sustentabilidade operacional dos grupos.

Clique aqui e leia o estudo Diretrizes Técnico-Atuariais de Requisitos de Solvência para Operações de Proteção Patrimonial Mutualista: aplicação proporcional da regulação prudencial.

Por Portal do Trânsito

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do Rio Grande do Sul (ABRAMET-RS) analisou os dados mais recentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) e identificou um cenário de crescimento no número de condutores habilitados no Estado.

Apesar do avanço geral, a entidade chama atenção para uma leve queda na procura pela Categoria C, destinada à condução de caminhões. O dado acende um sinal de alerta em relação ao interesse por habilitações profissionais, especialmente em um setor estratégico para a economia e para a logística nacional.

A análise da ABRAMET-RS destaca a importância de valorizar os motoristas – em especial os profissionais que atuam no transporte de cargas e passageiros – e reforça o papel da Medicina do Tráfego na promoção da saúde e da segurança viária.

Até abril de 2025, o Estado já contabilizava 5,6 milhões (5.600.070)  de motoristas habilitados, número superior aos 5,5 milhões –  (5.561.735)  registrados em 2024. Quando se observa a evolução ao longo da última década, o aumento é ainda mais expressivo: em 2015, o RS contava com 4.698.831 milhões de condutores habilitados, o que significa um salto de mais de 19% em 10 anos.

O crescimento acompanha o avanço da frota de veículos e a necessidade de mobilidade da população, mas também traz novos desafios em relação à segurança viária e à formação de condutores.

Redução pela busca da categoria C chama atenção

Apesar do aumento geral, os dados apontam uma tendência contínua na redução da procura pela CNH da categoria C, destinada a condutores de veículos de carga, como caminhões. Até abril de 2025, o número de habilitados nessa categoria era de 106.520 mil, inferior aos 107.263 mil de 2024 e aos 110.059 mil registrados em 2023.

Conforme o presidente da ABRAMET/RS, Ricardo Hegele, a tendência de queda pode estar associada a diversas causas.

“Fatores como o envelhecimento da população de caminhoneiros, a migração para outras categorias ou a diminuição na procura por formação específica para condução de veículos pesados por parte dos mais jovens”, diz Hegele. 

Categorias D e E seguem em crescimento 

Por outro lado, as categorias D e E, que contemplam motoristas de ônibus, vans, carretas e veículos articulados, apresentam leve crescimento. Até abril de 2025, a categoria D somava 140.278 mil condutores no Estado, frente aos 139.842 mil de 2024 e 139.178 mil em 2023.

Já a categoria E chegou a 50.356 mil motoristas habilitados até abril deste ano. Ou seja, um aumento em relação aos 50.108 mil em 2024 e 49.287 mil em 2023.

Motoristas em números: um retrato da mobilidade gaúcha

Os dados reforçam a importância de reconhecer bem como valorizar os milhões de motoristas que atuam diariamente na condução de pessoas e mercadorias, seja de forma profissional ou particular.

Além disso, o cenário atual destaca a necessidade de políticas públicas que incentivem uma melhor formação, a saúde e o bem-estar dos condutores profissionais, especialmente em tempos de alta demanda logística e mudanças no perfil do trabalhador do transporte.

Foto: nullplus para Depositphotos

Programa Carro Sustentável zerou IPI dos modelos mais baratos à venda no país; saiba os detalhes

Por Auto Esporte

O programa Carro Sustentável, que zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de modelos 1.0 com até 115 cv, fez as vendas da categoria crescerem 13% em julho na comparação com o mês anterior. Sobre 2024, o avanço foi de 11,4%. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O resultado foi apresentado por Arcélio Alceu dos Santos Junior, presidente da instituição, ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin. Os modelos mais vendidos por essa modalidade ainda não foram divulgados.

“O programa é um sucesso […], e as montadoras ajudaram com um bom desconto”, disse Alckmin durante visitas a concessionárias em Brasília no último sábado (2). Com o benefício do IPI, alguns fabricantes aplicaram descontos próprios, reduzindo ainda mais os valores da categoria.

Para ser enquadrado no programa, um veículo deve atender aos seguintes requisitos:

  • Ser produzido no Brasil;
  • Ter motor flex com baixa emissão de poluentes;
  • Ter potência máxima de 115,5 cv;
  • Estar no limite de peso e ter alto índice de reciclabilidade;
  • Cumprir parâmetros de segurança e resistência estrutural

O objetivo da medida é aquecer as vendas do setor que, apesar dos resultados positivos nos últimos anos, havia deixado de oferecer carros abaixo de R$ 80 mil. Até o início do programa, os veículos mais baratos do país eram Fiat Mobi e Renault Kwid — ambos tabelados acima dessa faixa.

Carro Sustentável: como funciona

Para equilibrar a balança de arrecadação, o governo vai sobretaxar veículos mais poluentes com o chamado IPI Verde. É uma medida prevista no Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) para estabelecer novas regras para a cobrança. O incentivo será válido para pessoas físicas (CPF) e jurídicas (CNPJ), beneficiando também os frotistas e locadoras.

Agora, tanto veículos nacionais quanto importados serão ranqueados por uma pontuação que considera o impacto ambiental e a eficiência energética. O cálculo deixa de ser feito com base na potência do motor e nos gases emitidos. Quanto melhor a nota, menor será o IPI.

Este é o primeiro programa de incentivo à indústria desde 2023, quando o governo federal aprovou a medida provisória que proporcionou R$ 1,5 bilhão em créditos para fabricantes. Deste montante, R$ 500 milhões foram designados aos automóveis.

O incentivo de 2023 fez o preço do carro popular cair de R$ 2 mil a R$ 10 mil, dependendo do desconto aplicado por cada fabricante. Para repor o valor, o governo optou pela reoneração do diesel.

Foto: Divulgação

Combustível com nova mistura passa a ser produzido no país a partir de hoje (1°); governo prevê redução no preço nas próximas semanas

Por AutoEsporte

O teor de etanol na gasolina comum vai subir de 27,5% para 30% no combustível produzido no Brasil a partir de hoje (1°), conforme determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Existe a expectativa de que o preço do litro caia R$ 0,11 nos postos com a adoção da chamada gasolina E30.

O estoque do combustível anterior, produzido ao longo de julho, com 27% de etanol anidro, ainda será distribuído aos postos nos primeiros dias de agosto. De tal forma, o motorista deverá encontrar a nova mistura nas bombas somente a partir das próximas semanas.

Para elevar o teor de etanol na mistura da gasolina comum, o governo federal também aprovou a nova octanagem, que sobe de 93 para 94 RON. Este é o índice que mede a resistência à detonação da gasolina: quanto maior o resultado, mais eficiente é o combustível.

Já o índice para a gasolina premium — Podium e V-Power Racing, por exemplo — segue em 95 RON, com 25% de etanol anidro. Veja abaixo o que muda no combustível a partir de 1° de agosto:

Os estudos para a aprovação da gasolina E30 foram conduzidos ao longo dos últimos meses por um corpo técnico formado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural (ANP), o Ministério de Minas e Energia (MME) e empresas de pesquisa e tecnologia.

Os testes foram liderados pelo Instituto Mauá, que contaram ao podcast CBN Autoesporte detalhes do processo de avaliação dos veículos, e tiveram acompanhamento da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo).

Como a gasolina E30 afeta o funcionamento do carro

Proprietários de carros flex podem notar aumento do consumo, tendo em vista que o poder calorífico do etanol, agora mais presente na gasolina, é menor. É o que dizem Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), e Clayton Barcelos Zabeu, professor e pesquisador na área de Propulsão Automotiva no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

Poder calorífico representa a quantidade de energia que um combustível fornece quando queimado completamente: o derivado da cana-de-açúcar equivale a 70% do valor da gasolina a cada litro consumido. Por isso, o consumo dos carros flex vai inevitavelmente aumentar com a adição de etanol à mistura.

O que pode ser crucial para compensar o menor poder calorífico do combustível é a nova octanagem. “Elevar a gasolina comum de 93 para 94 RON será muito positivo para os carros flex. Como possuem um mapeamento eletrônico mais flexível para funcionar tanto com etanol quanto gasolina, ganhar um ponto percentual fará o motor operar melhor”, revela o diretor de combustíveis da AEA.

Os motores modernos têm recursos eletrônicos que operam com uma taxa de compressão intermediária para funcionar com etanol e gasolina ao mesmo tempo. Ao detectar um combustível de maior octanagem, o sistema [de gerenciamento eletrônico] poderá se ajustar automaticamente e fazer com que o motor funcione a uma taxa de compressão mais favorável”, explica Gonçalves.

Já o desempenho do carro pode melhorar marginalmente pela maior octanagem do etanol. “Em alguns casos, o motor operando com etanol pode proporcionar potência máxima levemente maior do que com gasolina. É possível observar um crescimento de cerca de 1% a 2% de potência com o uso do etanol”, comenta Clayton Barcelos, do Instituto Mauá.

Carros antigos exigem cautela

Donos de carros movidos apenas a gasolina podem temer os efeitos dessas mudanças. Os especialistas consultados por Autoesporte concordam que o maior percentual de etanol na mistura não gera prejuízos a veículos modernos, mas demanda atenção de proprietários de carros mais antigos.

“Para os veículos antigos, deve-se tomar cuidado para não sofrer com a corrosão de alguns materiais e a oxidação de peças metálicas, uma vez que o etanol da bomba é hidratado — ou seja, tem água na sua composição”, orienta Clayton Barcelos.

Para Rogério Gonçalves, é aconselhável que donos de carros antigos e até colecionadores evitem a gasolina com maior teor de etanol. A gasolina premium surge como alternativa. “É um combustível de alta octanagem, com 25% de álcool anidro na mistura. Assim, proporciona melhor desempenho ao veículo mais antigo e pode até deixá-lo mais eficiente. O problema é que também é mais cara”, diz.

Por que aumentar o etanol na gasolina?

Dois motivos principais levaram o governo federal a aprovar a gasolina E30 no Brasil. São eles:

  • Adicionar etanol na gasolina deixa o país menos vulnerável à flutuação internacional do preço do petróleo, negociado em dólar. O Brasil é autossuficiente em cana-de-açúcar e seus derivados, mas importa gasolina para abastecer o mercado interno;
  • A nova mistura de etanol deixará os carros menos poluentes, como comprovaram os testes conduzidos pela ANP. Todavia, não foi divulgado estudo sobre o impacto do novo combustível na redução dos gases de efeito estufa.

Segundo estimativa do governo, a transição do E27 para o E30 evitará a importação de 760 milhões de litros de gasolina por ano. Ao mesmo tempo, o Brasil ampliará a produção nacional de etanol em 1,5 bilhão de litros e investirá R$ 9 bilhões no setor.

Mistura pode chegar a 35% no futuro

A proposta aprovada amplia o percentual de etanol para 30%, mas há planos para chegar a 35% nos próximos anos. O aumento está previsto nas diretrizes da Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), aprovada no ano passado. “A legislação permite ampliar o limite de etanol na gasolina para até 35%, desde que comprovada a viabilidade técnica”, diz comunicado oficial.

Foto: Reprodução

Estudo realizado pela Oxford Economics revela como a segurança e eficiência dos aplicativos de transporte impulsionam a inclusão econômica feminina nas cidades brasileiras

Por Portal do Trânsito

A pesquisa encomendada pela Uber, em parceria com a Oxford Economics, traz à luz o papel transformador dos serviços de transporte por aplicativos na vida das mulheres brasileiras que procuram se deslocar em segurança pelas cidades. O estudo coletado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, projeta que a acessibilidade e confiabilidade proporcionadas por esses aplicativos podem levar à inclusão de até 390 mil mulheres na força de trabalho de até 2029. Isso representa um aumento potencial de 2% à economia das cidades impulsionado pela entrada de mais mulheres no mercado de trabalho.

Essa expansão da participação feminina representa um avanço social significativo e um impulso para o desenvolvimento econômico. Os dados do estudo ressaltam como a mobilidade urbana, quando segura e eficiente, se torna uma ferramenta poderosa para diminuir barreiras de gênero e ampliar o crescimento econômico.

Mobilidade como chave para a independência feminina

O levantamento da Oxford Economics revela que a segurança é um fator decisivo para 73% das mulheres ao escolherem seu meio de transporte. Para muitas, os aplicativos de mobilidade representam uma solução crucial para desafios diários:

82% das mulheres entrevistadas consideram o transporte por aplicativo uma opção segura para seus deslocamentos profissionais. Essa percepção é vital. Especialmente para quem enfrenta longas jornadas. Quase 9 em cada 10 (89%) usuárias frequentes levam mais de 30 minutos para chegar ao trabalho, e 37% ultrapassam uma hora.

A flexibilidade e a confiabilidade dos apps permitem que 74% das mulheres relatem maior independência e autonomia em suas rotinas. Isso é particularmente relevante para mulheres com dependentes, que são quase duas vezes mais propensas a usar o serviço para conciliar responsabilidades familiares e profissionais.

A pesquisa também aponta que mulheres no Brasil têm menor flexibilidade de deslocamento para o trabalho. Apenas 32% delas (contra 49% dos homens) afirmam que encontrariam outras formas de ir ao trabalho caso o serviço de transporte por aplicativo não estivesse disponível.

“Temos o compromisso de buscar ser uma plataforma cada vez mais segura para mulheres e por isso investimos em ferramentas e iniciativas de excelência no setor. O estudo demonstra a importância desses investimentos para as mulheres e como nossos esforços fortalecem as comunidades e impulsionam o crescimento econômico nas cidades que atendemos. Continuaremos a fazer parcerias com especialistas, que continuamente ajudam nosso trabalho”, afirma Liz Dank, Head Global de Segurança para Mulheres da Uber.

Foto: Vadymvdrobot para Depositphotos

Cade investiga formação de cartel internacional por quatro empresas de autopeças, que teria prejudicado a atuação da Renault, Nissan, VW e Fiat no Brasil

Por Quatro Rodas

O caso de fabricantes de autopeças investigadas por supostamente terem coordenado uma divisão de mercado, combinado preços, suprimido cotações e criado barreiras a concorrentes – o que se enquadra com o formação de cartel – teve mais um desdobramento. 

A empresa Alpha e seus executivos tiveram suas condenações recomendadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel internacional. Eles estão sendo acusados de terem, também, trocado informações sensíveis com outras empresas do setor de autopeças, entre os anos de 2000 e 2011. As informações são da Veja. 

A prática teria afetado diretamente grandes fabricantes que atuam no Brasil, entre elas a Renault, Volkswagen, Fiat e Nissan. Além da Alpha, outras três empresas teriam participado do suposto cartel. São elas: Valeo, Huf e Magna, que estavam trabalhando em conjunto com a Alpha para dominar o mercado de maçanetas, fechaduras, travas de direção e jogos de cilindros. 

Ao contrário da Alpha, outras empresas tiveram um desfecho melhor nas condenações. Por falta de provas, o Cade sugeriu o arquivamento da denúncia contra a Huf e o executivo Heinzjurgen Hal. Ambos negaram a participação.

Já a Magna e o seu executivo Agnaldo Cervone conseguiram um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) , um acordo entre o Cade e as empresas ou pessoas físicas investigadas, onde signatários comprometem-se a suspender as práticas que geraram as suspeitas das condutas anticompetitivas. Com o cumprimento do TCC, a investigação da empresa e do executivo foram arquivados.

Não há ainda, porém, informações sobre a Valeo, empresa que é reincidente nesse tipo de denúncia. Em fevereiro deste ano, o Cade multou o empresário ligado à empresa, Leon Tiberghien, em R$ 5,4 milhões de reais por formação de cartel internacional.

Na ocasião, a Valeo, juntamente com Schaeffler e a ZF, foram processadas em 2019 por “práticas anticompetitivas em território nacional e europeu”. A investigação realizada pela Superintendência-Geral do Cade (SG/Cade) comprovou que as empresas participantes do cartel fixaram preços, dividiram mercados e trocaram informações sigilosas com o objetivo de evitar a perda de mercado frente à elevação dos preços das embreagens. 

Foto: Fernando Pires/Quatro Rodas

Alinhado ao Pnatrans, o documento visa reduzir mortes no trânsito ao orientar limites de velocidade adequados a diferentes tipos de vias, com a consulta pública aberta até 21 de agosto

Por Portal do Trânsito

Com o objetivo de fortalecer as políticas municipais para a administração eficaz da velocidade de veículos dentro de centros urbanos, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) abriu, nesta semana, uma consulta pública para o lançamento do Guia de Gestão de Velocidades no Contexto Urbano. Para aprimorar o conteúdo, a consulta estará aberta até 21 de agosto, possibilitando a participação e contribuições da sociedade e dos municípios.

O guia apresenta um conjunto abrangente de estratégias e instrumentos que oferecem aos gestores públicos diversas alternativas para o controle de velocidades, privilegiando soluções integradas, sustentáveis e alinhadas às especificidades locais.

Conforme o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, o documento marca um avanço significativo ao ampliar o conceito tradicional de gestão de velocidades, superando o foco exclusivo em fiscalização e aplicação de multas.

“Alinhado ao Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), o guia orienta a definição adequada dos limites de velocidade conforme o contexto de cada via, com o objetivo central de contribuir para a redução contínua de mortes e lesões graves por meio da promoção de velocidades seguras”, diz.

Destinado a gestores bem como técnicos municipais, o material se destina para a readequação das velocidades em vias urbanas de diferentes tipos — arteriais, coletoras e locais. Deve-se consultá-lo sempre que for necessário planejar, revisar ou implementar políticas de gestão de velocidade, funcionando como uma ferramenta essencial em diagnósticos de segurança viária, planos de mobilidade e requalificação de ruas.

Foto: albund para Depositphotos

Número equivale a 8,1% das cidades brasileiras; Minas Gerais tem 75 municípios representados no cadastro da Susep, que é a primeira etapa do processo de regulamentação das mútuas

Brasília (DF), 24 de julho de 2025 – As associações de proteção veicular que realizaram o cadastramento junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) até o dia 15 de julho estão, agora, em processo de regularização. De acordo com dados divulgados pela IG Soluções Atuariais, 451 municípios têm mútuas que enviaram informações à autarquia, visando à adequação ao marco regulatório do setor, que está sendo desenvolvido após a sanção da Lei Complementar (LCP) n.º 213/2025.

O número representa 8,1% das cidades brasileiras. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o Brasil tem 5.570 municípios. O estado de Minas Gerais lidera o ranking com 75 municípios cobertos. Em segundo lugar, está Pernambuco (57) e, em terceiro, Santa Catarina (48).

Com apenas uma cidade com associações em situação de regularização estão os estados do Amazonas, Roraima e Acre. Além disso, no ranking dos 15 municípios com maior número de associações registradas, 7 são capitais: Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Recife (PE) e Salvador (BA).

A IG Soluções Atuariais também destacou dados sobre a distribuição temporal das datas de fundação das mútuas com separação entre “antes” e “depois” da publicação da LCP n.º 213/2025 — 92,6% foram abertas antes de 16 de janeiro de 2025.

Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

Estudo divulgado pelo Grupo Brasil Atuarial destaca que instituições têm como missão garantir que todas as etapas do processo mutualista sejam conduzidas com rigor técnico e compromisso ético

Brasília (DF), 21 de julho de 2025 – A Lei Complementar (LCP) n.º 213/2025 redefine a inserção das associações e das administradoras no Sistema Nacional de Seguros Privados e estabelece fundamentos técnicos, operacionais e prudenciais para a integração formal ao ambiente supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Estudo recente divulgado pelo Grupo Brasil Atuarial aborda funções e responsabilidades das administradoras de operações de proteção patrimonial mutualista.

Conforme o art. 88-H do Decreto-Lei n.º 73/1966, a administração dessas operações é de responsabilidade exclusiva de pessoas jurídicas constituídas sob a forma de sociedade por ações, com objeto social voltado exclusivamente para a gestão de operações de proteção patrimonial mutualista e que sejam previamente autorizadas a funcionar pela Susep.

Essas instituições têm como missão garantir que todas as etapas do processo mutualista sejam conduzidas com rigor técnico e compromisso ético. As atividades das administradoras envolvem o processamento de adesões ao contrato de participação em grupos de proteção patrimonial mutualista, bem como renovações, alterações e cancelamentos de contratos.

A LCP também abre espaço para a promoção de iniciativas que aprimorem continuamente a gestão e a fiscalização das administradoras. Por isso, uma das exigências é que elas elaborem relatórios periódicos detalhados, forneçam dados precisos sobre as operações e cumpram rigorosamente os padrões de governança estabelecidos pela regulação.

Outro ponto abordado pelo estudo do Grupo Brasil Atuarial é a obrigação da Susep em fiscalizar e assegurar que as administradoras cumpram suas funções de forma ética, eficiente e em consonância com as normas regulamentares.

Clique aqui e leia o estudo Diretrizes Técnico-Atuariais de Requisitos de Solvência para Operações de Proteção Patrimonial Mutualista: aplicação proporcional da regulação prudencial

Internações por acidentes de trânsito seguem crescendo no Brasil, sobrecarregam o sistema de saúde e escancaram a urgência de políticas preventivas

Por Portal do Trânsito

Os sinistros de trânsito seguem como uma das principais causas de atendimentos de emergência e internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS). Em média, uma pessoa é atendida por acidente de trânsito a cada dois minutos nas emergências do país. O impacto é direto na vida das vítimas, na saúde pública e nas contas do Estado.

Levantamento das Associações Brasileiras de Medicina do Tráfego (Abramet) e de Medicina de Emergência (Abramede), com base em dados oficiais do Ministério da Saúde, aponta que, em um único ano, foram contabilizadas mais de 227 mil internações hospitalares por sinistros terrestres. E, nos últimos dez anos, esse número ultrapassa 1,8 milhão de internações, com um custo hospitalar direto estimado em R$ 3,8 bilhões.

Epidemia silenciosa

De acordo com o presidente da Abramet, Antonio Meira Júnior, o trânsito brasileiro representa uma “epidemia silenciosa”, que ocupa milhares de leitos por ano com vítimas de situações que poderiam ser evitadas. “As emergências estão lotadas de vítimas de circunstâncias evitáveis, com um custo humano, social e econômico altíssimo”, afirma.

A presidente da Abramede, Camila Lunardi, reforça que esse é um problema que exige mobilização de toda a sociedade.

“Atuamos diariamente nas emergências e vemos o peso dessa tragédia nos hospitais. Isso exige resposta do Estado, da sociedade e de todos os atores do sistema de mobilidade”, alerta.

A pressão sobre o sistema público de saúde é enorme: os sinistros de trânsito ocupam leitos de UTI, prolongam internações e demandam reabilitação e múltiplos procedimentos. Também geram impacto sobre o sistema previdenciário e de assistência social.

“O que vemos é uma distorção grave: bilhões sendo consumidos para tratar consequências de tragédias evitáveis, recursos que poderiam estar sendo aplicados em outras melhorias no sistema de saúde”, lamenta Meira Júnior.

O que os números revelam

O custo das internações por sinistros de trânsito no Brasil — R$ 3,8 bilhões em uma década — poderia, por exemplo, ser revertido em:

Construção de 32 a 64 hospitais de médio porte;

Implantação de 35 mil quilômetros de ciclovias urbanas;

Duplicação de cerca de 505 km de rodovias federais;

Aquisição de mais de 15 mil ambulâncias;

Criação de quase 13 mil leitos de UTI.

A maior parte das vítimas está ligada a acidentes com motocicletas, que representam mais de 60% das internações. Em um ano analisado, foram 150 mil hospitalizações de motociclistas, mais do que o número total de pedestres e ciclistas somados. Pedestres respondem por 16% das vítimas, seguidos de ciclistas e ocupantes de automóveis, ambos com 7%.

Perfil das vítimas

O levantamento aponta um padrão claro de vitimização:

78% das internações envolvem homens;

49% das vítimas estão entre 20 e 39 anos — justamente a população economicamente ativa;

Jovens entre 20 e 29 anos representam o grupo mais afetado, com cerca de 28% das internações;

15% das vítimas têm menos de 20 anos, muitas vezes por negligência com dispositivos de retenção infantil ou comportamentos inadequados;

Idosos, embora representem 9% dos casos, estão entre os mais vulneráveis a lesões graves e complicações no pós-trauma.

Esses dados reforçam que o trânsito brasileiro expõe crianças, jovens, adultos e idosos a riscos significativos, e que a prevenção deve ser permanente e direcionada a todos os grupos.

Crescimento contínuo e preocupante

Em uma década, o número de internações por sinistros de trânsito cresceu 44%, passando de cerca de 157 mil para mais de 227 mil por ano. Todas as regiões do país apresentaram aumento, com destaque para os estados com maior frota circulante.

Distribuição regional das internações:

Sudeste: mais de 747 mil internações em 10 anos; São Paulo lidera com 387 mil, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Nordeste: 514 mil internações; Bahia, Ceará e Piauí têm os maiores números.

Sul: 208 mil internações, com destaque para o Paraná e Santa Catarina.

Centro-Oeste: também com 208 mil internações, quase dobrando no período; Goiás e Mato Grosso lideram.

Norte: 157 mil internações, com o Pará concentrando quase metade dos casos.

Em algumas regiões, como o Centro-Oeste e a Paraíba no Nordeste, os números praticamente dobraram ao longo da década.

No Amapá, houve um salto expressivo no número de hospitalizações em um único ano, quase triplicando em relação à média dos anos anteriores.

Urgência por soluções

Os dados reforçam que os sinistros de trânsito não são apenas uma questão de mobilidade, mas também de saúde pública. A combinação de imprudência, baixa fiscalização, ausência de infraestrutura segura e falta de educação para o trânsito contribui para manter o Brasil entre os países com os piores indicadores de mortalidade e morbidade no trânsito.

Com base no levantamento do impacto do trânsito no SUS, especialistas apontam que a redução dessas estatísticas passa por medidas como:

Fortalecimento da fiscalização e punição efetiva;

Educação para o trânsito contínua e baseada em evidências;

Melhoria da infraestrutura urbana e rodoviária;

Promoção de transportes mais seguros e sustentáveis;

Valorização da saúde preventiva e do atendimento qualificado às vítimas.

Foto: sudok1 para Depositphotos

Em segundo e terceiro lugares estão Pernambuco e Rio de Janeiro; juntos, os três estados somam mais da metade das mútuas em situação de regularização

Brasília (DF), 18 de julho de 2025 – A Superintendência de Seguros Privados (Susep) encerrou o processo de cadastramento das associações de proteção veicular na última terça-feira (15), com total de 2.217 mútuas. Dados da IG Soluções Atuariais mostram que o estado de Minas Gerais teve a maior quantidade de entidades associativas cadastradas, com 676.

Em seguida, aparecem Pernambuco (234) e Rio de Janeiro (209). Juntos, os três estados concentram 50,5% das associações que enviaram informações à autarquia e que estão em processo de regularização. Por outro lado, Acre (1), Roraima (1) e Amazonas (4) são as unidades federativas com menos mútuas cadastradas.

Belo Horizonte (MG), Contagem (MG) e Rio de Janeiro (RJ) são os municípios com o maior número de mútuas registradas, com 204, 163 e 116, respectivamente. O relatório também mostra que 47,2% das associações foram abertas entre 2021 e 2025.

O cadastramento junto à Susep representa a submissão formal do grupo de proteção patrimonial mutualista à supervisão do órgão responsável, conferindo transparência à sua estrutura institucional, à governança e à forma de operação. A realização dessa etapa é condição necessária para o reconhecimento futuro da associação como entidade regular. As associações ativas que não realizaram o cadastramento atuam de forma irregular e estão sujeitas às sanções administrativas e judiciais previstas na legislação.

Foto: Alessandro Carvalho/Diário do Comércio