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Estudo da UTFPR e PUC-PR revela fatores de infraestrutura que aumentam riscos e aponta caminhos para prevenir acidentes nas rodovias do Paraná.

Por Portal do Trânsito

Um estudo desenvolvido pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), identificou padrões de fatores relacionados a sinistros de trânsito nas rodovias do Estado. A pesquisa utilizou dados fornecidos pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) e analisou dois períodos distintos: de 2004 a 2013 e de 2019 a 2024.

De acordo com os pesquisadores, os resultados mostram que não deve se encarar os acidentes como “fatalidades inevitáveis”, mas sim como eventos que é possível prevenir a partir da identificação de fatores de risco com relação à infraestrutura viária.

Como o estudo foi conduzido

A professora Tatiana Gadda, do Departamento de Construção Civil do Campus Curitiba da UTFPR, foi uma das responsáveis pelo trabalho, em colaboração com o professor da PUC-PR, Fábio Teodoro. Ela explica que a iniciativa surgiu durante a disciplina de Modelagem Espacial em Sistemas, ministrada na PUC-PR. “A parceria para nosso artigo surgiu durante a disciplina de Modelagem Espacial em Sistemas PUCPR, que minha orientanda, a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade Ambiental Urbana (PPGSAU), Amanda Christine Gallucci Silva, cursou. Após isso, iniciou-se um contato com o estudante Gabriel Troyan Rodrigues e o professor Fabio Teodoro de Souza para um estudo estatístico”, relatou Gadda.

Para chegar às conclusões, houve a aplicação de técnicas estatísticas e de agrupamento, além do uso do software CBA (Classification Based on Associations), ferramenta capaz de prever a ocorrência de acidentes fatais em determinadas condições de tráfego e infraestrutura. Fatores que influenciam na gravidade dos acidentes Segundo a professora Tatiana Gadda, os dados apontam que elementos como sinuosidade, curvas fechadas, locais de ultrapassagem, presença de acostamentos e iluminação estão diretamente ligados à gravidade dos sinistros.

“O estudo demonstra que não deve se tratar sinistros de trânsito como fatalidades inevitáveis. Ou seja, isso porque há padrões e fatores associados que podem ser identificados para podermos agir na prevenção. A análise dos dados apontou que elementos de infraestrutura como sinuosidade, curvas fechadas, locais de ultrapassagem, acostamentos e iluminação, influenciam diretamente na gravidade dos acidentes e é possível modificá-los pelo poder público ou concessionárias”, destacou.

Ela também chama a atenção para os riscos nos perímetros urbanos e cruzamentos. “As técnicas de agrupamento mostraram forte relação entre características geométricas das vias e a ocorrência de lesões e mortes. Isso reforça a importância de dispositivos de controle de velocidade e de vias de contorno”, acrescentou.

Os números levantados pela pesquisa

Entre os principais achados, o estudo aponta que:

  • A chegada a perímetros urbanos aumenta em 90% a ocorrência de acidentes;
  • Presença de segunda ou terceira faixa eleva o risco em 65,8%;
  • Maior sinuosidade do terreno impacta em 62,2%;
  • Áreas de ultrapassagem com sinalização por linha tracejada têm relação de 56,3% com os acidentes;
  • Presença de acostamento representa 53,9%;
  • Iluminação insuficiente contribui para 48,2% dos registros.

Para os pesquisadores, esses dados oferecem subsídios para a adoção de medidas concretas que podem reduzir o número de mortes e lesões no trânsito. “Por exemplo, identificar quais os fatores de infraestrutura, como iluminação, acostamentos, curvas e locais de ultrapassagem, estão diretamente ligados à gravidade dos sinistros”, completou Gadda.

Publicação científica

A publicação do resultados da pesquisa ocorreu na Revista de Gestão Social e Ambiental (RGSA). Fonte: informações da Revista de Gestão Social e Ambiental (RGSA) e divulgação da UTFPR/PUC-PR.

Foto: divulgação

Encontro tratou das medidas jurídicas e institucionais da Agência diante da Alerj e da Susep, reforçando a defesa das mútuas filiadas e da liberdade associativa

Rio de Janeiro (RJ), 8 de outubro de 2025 – Membros da diretoria da AAAPV (Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção contra Riscos Patrimoniais) se reuniram ontem (7), no Rio de Janeiro, para alinhar ações estratégicas sobre dois temas que têm mobilizado o setor de proteção veicular: a CPI das Câmeras, instaurada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e a consulta pública da Susep sobre a regulamentação das operações mutualistas.

Participaram do encontro o 1º vice-presidente da Agência, José Eduardo; o diretor de Relações Institucionais e Parlamentares, Theone Cardoso; e o advogado da instituição, Dr. Danny Cabral. Durante a reunião, foram apresentadas as medidas jurídicas adotadas pela AAAPV e discutidas estratégias de atuação junto aos poderes públicos e órgãos reguladores para garantir segurança jurídica e representatividade às mútuas filiadas.

CPI DAS CÂMERAS

A AAAPV contesta a legitimidade da CPI instaurada pela Alerj, apontando vícios constitucionais e regimentais em sua criação. Segundo a Agência, a Comissão foi proposta por apenas um parlamentar, sem o quórum qualificado exigido, e não apresenta fato determinado, uma vez que o escopo da apuração é genérico e impreciso.
Em razão dessas irregularidades, a entidade ajuizou dois mandados de segurança e instaurou processo sobre a perda de prazo para prorrogação dos trabalhos.

“A CPI apresenta inconsistências graves que comprometem sua validade e afrontam princípios constitucionais como o devido processo legal e a ampla defesa”, afirmou o diretor de Relações Institucionais e Parlamentares da AAAPV, Theone Cardoso.

REGULAMENTAÇÃO DO SETOR

Outro tema debatido pelos membros da diretoria foi a minuta de resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), apresentada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que propõe regras para as operações de proteção patrimonial mutualista.

A Agência encaminhou à autarquia um parecer técnico, elaborado pelo Dr. Danny Cabral, em parceria com a procuradora-geral da AAAPV, Dra. Patrícia Muller, com recomendações de aprimoramento, destacando que a proposta atual contraria dispositivos da Lei Complementar nº 213/2025 ao impor prazos inexequíveis, criar barreiras de entrada e restringir a liberdade associativa.

“Nosso objetivo é contribuir para uma regulamentação justa e equilibrada, que assegure segurança jurídica e preserve a essência solidária do mutualismo, hoje responsável por proteger milhões de brasileiros”, reforçou José Eduardo.

A AAAPV reafirmou que permanece vigilante e atuante na defesa das filiadas, comprometida com a proporcionalidade regulatória, o respeito à legalidade e o fortalecimento do sistema mutualista como alternativa legítima e eficiente de proteção patrimonial.

Vendas de zero km tiveram alta de 2,79% no período. Dados foram divulgados na quinta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores

Por g1 Carros

Os brasileiros compraram 1.910.519 veículos novos em três trimestres de 2025. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Este é o melhor resultado para desde a Covid-19, em 2019 — quando foram emplacados 2.029.464.

Houve uma ligeira alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,8 milhão de veículos novos.

Veja abaixo os resultados por segmento.

AUTOMÓVEIS

  • 1.411.116 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 3,05% ante 2024.
  • 178.548 emplacamentos em setembro, alta de 3,65% em relação a agosto;
  • Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 4,02% (171.640 unidades).

COMERCIAIS LEVES

  • 396.322 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 4% ante 2024.
  • 52.822 emplacamentos em setembro, alta expressiva de 25,14% em relação a agosto;
  • Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 3,40% (51.083 unidades).

CAMINHÕES E ÔNIBUS

  • 103.081 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, redução de 4,72% ante 2024.
  • 11.895 emplacamentos em setembro, alta de 9,55% em relação a agosto;
  • Comparado a setembro de 2024, houve queda de 12,54% (13.600 unidades).

Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 3,26% no terceiro trimestre de 2025.

Projeções para 2025

A projeção da Fenabrave sofreu uma pequena alteração em relação às projeções divulgadas em julho. A expectativa, agora, é que haja uma venda menor de automóveis e uma alta em motos ao longo deste ano.

  • Automóveis e comerciais leves: alta de 5% para 3% (de 2.608.977 para 2.559.345);
  • Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552);
  • Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336);
  • Motos: alta de 10% para 15% (de 2.063.493 para 2.157.288).

A revisão nas projeções de crescimento para 2025 acontece em meio a preocupações com os cenários nacional e internacional, e diante da queda observada nas vendas de caminhões.

Segundo a Fenabrave, a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota.

De acordo com a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da federação, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse.

A Fenabrave ainda indica que as altas taxas de juros no país também afetam as vendas. O Comitê de Política monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve as taxas básicas de juros em 15% ao ano e indicou que as taxas devem continuar neste patamar até o final de 2025.

“Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026, revela Arcelio Junior, presidente da Fenabrave.

“Carro sustentável depende muito do crédito e a taxa de juros para esse consumidor é muito essencial”, complementa o executivo.

Foto: Roosevelt Cassio/Reuters

Há riscos de que sistema gere milhões de multas indevidas.

Por Portal do Trânsito

O Ministério Público Federal (MPF) move ação para proibir multas por falta de pagamento em sistema de cobrança eletrônica na Via Dutra, parte da BR-116, nas áreas da capital e dos municípios de Guarulhos e Arujá, ambos na região metropolitana de São Paulo e com intenso tráfego local. A concessionária da via é a empresa Motiva, desde 2022. A ação civil pública tem como foco as cobranças no sistema eletrônico sem cancelas, conhecido como Free Flow.

“O sistema de cobrança eletrônica não tem natureza jurídica de pedágio, uma vez que constitui um serviço alternativo oferecido aos motoristas para evitarem congestionamentos em vias laterais, sem o objetivo de angariar recursos para a manutenção da rodovia. É dessa classificação que deriva a ilegalidade da aplicação de multas para eventuais usuários inadimplentes”, explica o MPF em nota.

Órgão pede que a ação se estenda a outras vias do país

Segundo os promotores há riscos elevados “de que o sistema gere milhões de multas indevidas e leve motoristas ao superendividamento e à impossibilidade de dirigir”, o que é inconstitucional. A cobrança das tarifas configura uma relação de consumo entre motoristas e a empresa concessionária, “cujas circunstâncias e consequências devem ser regidas pelo Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil, não pelas leis de trânsito”, complementam. 

A projeção do dano se baseia nos números registrados no trecho em que o modelo já funciona na rodovia Rio-Santos (BR-101), também sob gestão da Motiva (antigo grupo CCR). “Lá, o sistema de cobrança eletrônica gerou mais de 1 milhão de multas em 15 meses, com impacto financeiro total de R$ 268 milhões para os motoristas”, explica a nota do MPF.

“O trecho da Dutra onde houve a instalação dos pórticos concentra o maior tráfego pendular do país. São cerca de 350 mil veículos em deslocamento diário entre as cidades da Grande São Paulo. Boa parte desse fluxo se deve a atividades rotineiras comuns ao cotidiano dos cidadãos. O MPF destaca que as multas relacionadas ao sistema eletrônico de cobrança impõem a esses motoristas punições excessivas por uma conduta que nem mesmo constitui infração administrativa. Assim, ferindo direitos básicos decorrentes dos princípios constitucionais da proporcionalidade, da razoabilidade e da dignidade humana. Além de outros que asseguram a proteção aos consumidores”, alerta a ação.

Concessionária Motiva e ANTT

Em contato com a Motiva, a Agência Brasil recebeu o seguinte posicionamento. “A concessionária informa que, até o presente momento, não recebeu notificação oficial sobre a decisão do Ministério Público Federal. Tão logo aconteça essa comunicação formal, adotará as medidas cabíveis, conforme previsto na legislação vigente”. 

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) respondeu que assim que receber a notificação formalmente, o corpo técnico e a procuradoria jurídica vão avaliar a solicitação do MPF. Após, a ANTT vai se manifestar nos autos sobre o tema. Dessa forma, visando o alto padrão de qualidade na prestação do serviço aos usuários, respeitando os aspectos legais, regulatórios e contratuais.

A ANTT lembra que é pioneira na implementação dessa tecnologia em rodovias no Brasil. O ambiente experimental realizado pela agência ao longo de dois anos permitiu a análise da melhor modelagem e dos procedimentos antes da expansão para outras concessões federais. O Free Flow representa uma nova era na forma de cobrança de pedágio em rodovias sob concessão no Brasil. Assim, permitindo ampliar a segurança viária, fluidez e o conforto para os usuários. Além dos testes, o tema segue sendo amplamente debatido com a sociedade por meio das reuniões participativas e audiências públicas. Além disso, há uma comunicação ativa com todos os atores envolvidos, incluindo o MPF.

(Com informações da Agência Câmara de Notícias)

Foto: Nova381/Divulgação

Expansão do mercado reflete mudanças no comportamento do consumidor e pressiona setor automotivo a acelerar inovações.

Por Portal do Trânsito

O mercado brasileiro de veículos eletrificados está em plena expansão. Segundo projeções da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o país deve superar a marca de 200 mil unidades vendidas em 2025, consolidando a mobilidade elétrica como uma alternativa cada vez mais presente nas ruas.

Nos últimos anos, a redução de custos de produção, os incentivos fiscais e o avanço da infraestrutura de recarga têm impulsionado a adesão ao segmento. Apenas de janeiro a agosto, foram emplacados 126.087 mil veículos elétricos e híbridos. Somente em agosto, 20.222 veículos foram comercializados, crescimento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Carros elétricos x carros a combustão: quem leva vantagem?

Apesar do avanço expressivo, os veículos a combustão ainda dominam o mercado brasileiro. O preço, o histórico cultural e a ampla rede de abastecimento seguem como fatores decisivos para muitos motoristas.

Entretanto, no médio e longo prazo, os carros elétricos aparecem como vantajosos em termos de manutenção e economia de combustível. Estudos do setor indicam que o custo por quilômetro rodado pode ser até 70% menor em comparação aos modelos tradicionais. Além disso, os elétricos contam com menos peças móveis, o que reduz as chances de falhas mecânicas e amplia a durabilidade. Montadoras e concessionárias já começam a adaptar suas estratégias para equilibrar o portfólio entre combustão e eletrificação. O mercado analisa que à medida que os preços caírem e acontecer a ampliação da rede de recarga, a escolha pelo elétrico deixará de ser exceção para se tornar regra no país.

Redução de IPI, isenção de IPVA e benefícios para frotas corporativas

Nos últimos anos, a adoção de veículos elétricos no Brasil tem sido estimulada por incentivos fiscais específicos, que tornam a compra mais acessível tanto para consumidores quanto para empresas. Entre as principais medidas estão:

  • Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): veículos elétricos pagam alíquotas menores em comparação aos carros a combustão, o que reduz significativamente o preço final de aquisição.
  • Isenção ou desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA): em diversos estados, proprietários de carros elétricos têm direito a isenção total ou parcial do imposto, diminuindo os custos anuais de manutenção.
  • Benefícios para frotas corporativas: empresas que investem em eletrificação de suas frotas podem aproveitar incentivos fiscais adicionais bem como programas de financiamento com juros reduzidos, acelerando a transição para veículos mais sustentáveis.
  • Facilidades em financiamentos e crédito verde: linhas de crédito voltadas para veículos elétricos, incluindo empréstimos com garantia de veículo, oferecem condições especiais de pagamento, tornando a aquisição mais viável para pessoas físicas e jurídicas.

Essas políticas, combinadas com a expansão da infraestrutura de recarga, contribuem diretamente para o aumento da demanda assim como consolidam a mobilidade elétrica como uma alternativa cada vez mais competitiva no mercado brasileiro.

Impacto ambiental dos carros elétricos

Um dos pontos mais relevantes da discussão sobre carros elétricos é o impacto ambiental positivo. A substituição progressiva da frota a combustão por veículos eletrificados pode reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa no setor de transportes, responsável por cerca de 47% das emissões de CO₂ no Brasil, segundo o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa).

No entanto, também existem impactos ambientais importantes relacionados à produção das baterias desses veículos, principalmente devido à extração de metais como níquel, cobalto e manganês, cuja demanda crescente pode pressionar ecossistemas frágeis e áreas florestais.

Conforme um estudo recente, intitulado “Driving change, not deforestation: how Europe could mitigate the negative impacts of its transport transition”, encomendado pela Fern e pela Rainforest Foundation Norway e conduzido pela WU Vienna University of Economics and Business em parceria com o think tank The négaWatt, no cenário de “business as usual” (BAU), a expansão da produção de veículos elétricos pode resultar na perda de até 65 mil hectares de florestas até 2050. Caso as baterias mais demandadas, como as NMC 811 (níquel, manganês e cobalto), prevaleçam, essa área de desmatamento pode subir drasticamente para 117,8 mil hectares.

Sendo assim, a chave para equilibrar esses impactos é investir em reciclagem de baterias, pesquisa de materiais alternativos e políticas de sustentabilidade que considerem toda a cadeia de produção. Dessa forma, o Brasil pode aproveitar as oportunidades da mobilidade elétrica sem comprometer seus ecossistemas naturais.

Foto: Freepik

Consulta pública aberta pela Superintendência de Seguros Privados busca debater minuta sobre o tema

Brasília (DF), 26 de setembro de 2025 – A AAAPV (Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção contra Riscos Patrimoniais) enviou hoje (26) sugestões para a consulta pública da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que busca debater a regulamentação das operações de proteção patrimonial mutualista.

A iniciativa tem o objetivo de discutir com a sociedade uma minuta de resolução que trata do funcionamento das associações de proteção veicular. O documento é elaborado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

Nas sugestões de aprimoramento apresentadas, a AAAPV destaca que o texto segue o rumo oposto da Lei Complementar n.º 213/2025, que legitima, regulariza e fortalece o mutualismo: impõe prazos irrealizáveis, cria barreiras de entrada artificiais, restringe a liberdade associativa e desvirtua a essência mutualista.

De acordo com a Agência, isso ocorre ao impor prazos como 60 dias para constituição de sociedades anônimas administradoras, em flagrante descompasso com a realidade burocrática e empresarial brasileira. “O resultado será a redução da concorrência, o encarecimento dos serviços e a consolidação de um monopólio segurador contrário ao interesse público”, afirma.

Outra crítica apresentada pela AAAPV diz respeito ao excesso regulatório e às restrições desproporcionais que contrariam a vontade do legislador, a Lei de Liberdade Econômica e os princípios constitucionais. Isso porque a Susep passa a exigir capital mínimo desproporcional, limitar a autonomia das associações e proibir cotas de participação e a possibilidade de resgate de patrimônio líquido.

Além disso, a minuta ainda apresenta restrições injustificadas à composição societária das administradoras e uma redação que traz brechas como: risco de judicialização por ilegalidade e inconstitucionalidade; concentração de mercado e criação de barreiras; enfraquecimento do mutualismo; insegurança jurídica; e violação de princípios da livre iniciativa.

Nesse sentido, de forma resolutiva, a Agência recomendou à Susep a modificação dos pontos sensíveis da minuta, de forma que o texto não subverta a vontade legislativa e converta um instrumento de regulação em mecanismo de aniquilação do setor.

A expectativa da AAAPV, em análise ao cenário, é que “os órgãos apreciem as razões expostas com estrita observância às Leis, promovendo os ajustes propostos para assegurar proporcionalidade regulatória, segurança jurídica e efetiva inclusão dos milhões de cidadãos hoje atendidos pelo mutualismo”.

Entenda o caso

Em agosto, a Susep debateu a proposta de Resolução do CNSP que estabelece normas gerais aplicáveis às operações de proteção patrimonial mutualista, segundo a Lei Complementar n.º 213/2025.

Na mesma data, o órgão abriu prazo de 45 dias para consulta pública sobre o tema, mais longo que o usual praticado pela autarquia. “Reflexo da relevância e da complexidade do tema, que envolve diversos segmentos e pode gerar avanços institucionais e econômicos para o país”, reconhece a autarquia.

Acesse a minuta em discussão e veja as propostas ao setor.

Participação popular tem prazo de 30 dias; texto destaca regras sobre operação, capital social, governança, estatuto social, além de questões contábeis

Brasília (DF), 26 de setembro de 2025 – A Superintendência de Seguros Privados (Susep) abriu processo de consulta pública sobre a minuta que estabelece as normas gerais aplicáveis às sociedades cooperativas de seguros. Texto aborda normas de operação, capital social, governança, estatuto social, além de questões contábeis. O público poderá enviar sugestões durante 30 dias, a partir de hoje.

DISPOSIÇÕES GERAIS E GOVERNANÇA

A minuta define as três formas societárias permitidas – cooperativa singular, central e confederação – e estabelece restrições à participação de entes públicos e empresas concorrentes no quadro social. Além disso, determina que cooperativas só podem operar seguros com seus associados e não podem atuar em grandes riscos como os setores: de petróleo, nuclear, aeronáutico e marítimo.

Em relação à governança corporativa, o texto informa que será exigida política de governança aprovada em assembleia, com foco em representatividade, segregação de funções, transparência e responsabilidade corporativa. Também define órgãos obrigatórios para as cooperativas: Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal.

Em relação às políticas para captação de novos associados, a minuta determina que as cooperativas tenham políticas claras de expansão e de aumento de capital e considerem inclusão securitária, porte e perfil de risco. Campanhas de captação precisam detalhar objetivos, público-alvo, racionalidade econômica, formas de avaliação e divulgação de resultados. Centrais e confederações podem definir diretrizes conjuntas.

O estatuto social deverá conter denominação, objeto social e área de atuação; condições de admissão, permanência e desligamento de associados; regras sobre direitos, deveres e responsabilidades dos associados; critérios para formação e utilização de fundos; normas para convocação e funcionamento de assembleias; composição, funcionamento e atribuições dos órgãos de administração e fiscalização; e regras para alteração estatutária.

RELAÇÕES CONTÁBEIS, AUDITORIAS E ADMINISTRAÇÃO

O capítulo que trata das participações societárias limita a participação das cooperativas em outras entidades: apenas em centrais, confederações, instituições autorizadas pela Susep ou pelo Banco Central e em entidades ligadas ao setor cooperativista de seguros.

As sociedades cooperativas de seguros deverão realizar auditoria contábil independente, com escopo abrangendo a análise das demonstrações financeiras e a avaliação dos processos operacionais e de controle. Essa última deverá contemplar questões de adequação do desempenho operacional e da situação econômico-financeira; adequação e aderência das políticas institucionais; gestão integrada e relacionamento entre cooperativas singulares, centrais e confederações de cooperativas de seguros; a formação, a capacitação e a remuneração compatíveis com as atribuições e os cargos; e o atendimento das normas legais e regulamentares e do estatuto social.

Centrais e confederações devem adotar medidas para prevenir irregularidades, supervisionar filiadas, promover capacitação e recomendar correções quando houver risco ao sistema. A Susep pode exigir planos de adequação, suspender admissões de novas filiadas e definir requisitos adicionais de supervisão.

DESFILIAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E DELEGADOS

O texto estabelece que deverão apresentar à Susep, previamente ao ato de desfiliação, relatório com a motivação para a ação, acompanhado de parecer do Conselho Fiscal e da ata da assembleia geral convocada exclusivamente para esse fim. Também exige comprovação de que a cooperativa singular terá condições de operar sem a central, além de regularidade e solvência.

No caso das centrais, deverá informar também os meios pelos quais serão supridos os serviços e produtos fornecidos pela confederação de cooperativas de seguros, incluindo as estruturas, os recursos, as políticas e os procedimentos necessários à continuidade regular de suas operações.

A minuta permite à Susep autorizar que centrais ou confederações assumam temporariamente a gestão de cooperativas singulares em crise, nos casos de deficiências de gestão, descumprimento de planos ou risco de insolvência. Isso tem o objetivo de garantir a continuidade das operações e proteger os associados.

O capítulo sobre a representação por delegados regulamenta assembleias gerais com delegados eleitos em reuniões seccionais. Além disso, define matérias mínimas de deliberação, como prestação de contas, distribuição de resultados, eleições de conselhos e operações societárias.

Leia a minuta na íntegra

Cerca de 180 relógios e painéis instalados nas ruas das cidades recebem projetos especiais

Por Estadão Mobilidade

A campanha de segurança viária “Sua Segurança nos Move” chega nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. A ação promoveu a instalação de mensagens de alerta para os perigos da distração ao volante, nos pedais e mesmo a pé, em 180 relógios e painéis de rua, em homenagem à Semana Nacional do Trânsito.

Até o dia 25, os painéis vão exibir três mensagens, uma para cada modal: carro, bicicleta e para pedestres. Para motoristas, por exemplo, utilizar celular no volante pode estar enquadrado em até três tipos diferentes de multa, a depender da ação.

Além disso, em dois dos telões na capital paulista, estão projetos especiais que simulam veículos que sofreram acidentes, acompanhados de uma arte visual que representa uma troca de mensagens em aplicativo. A ativação está localizada nas Avenidas Nove de Julho e Brigadeiro Faria Lima.

A campanha é uma ação conjunta entre a gerenciadora de serviços rodoviários, Motiva, e a publicitária JCDecaux.

A proposta, de acordo com a parceria, é de chamar atenção para o comportamento de motoristas, motociclistas e pedestres e provocar uma mudança.

Celular no volante

A depender da ação flagrada, motoristas podem levar até sete pontos na CNH e multa de quase R$ 300. Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), falar, mandar mensagens ou manusear de qualquer forma o celular são situações diferentes e podem ser penalizadas individualmente.

Utilizar para ligações, mesmo com fones de ouvido, pode gerar infração média, com penalidade de quatro pontos na CNH e multa de R$ 130,16.

Já segurar o celular, seja para mandar mensagem ou navegar pelos aplicativos, em uma das mãos, é considerada infração gravíssima, com multra de R$ 293,47 e desconto de sete pontos na carteira.

Foto: Divulgação/Motiva

Em reunião, diretoria da Agência afirma que elabora sugestões que atendam aos interesses do segmento; a apresentação do documento final acontece no fim desta semana

Brasília (DF), 24 de setembro de 2025 – Com o objetivo de apresentar sugestões que viabilizem a manutenção das associações de proteção veicular no mercado, a AAAPV (Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção contra Riscos Patrimoniais) elabora um documento com propostas, que serão enviadas à Superintendência de Seguros Privados (Susep), para adequar as regras previstas pela autarquia à realidade das mútuas de todo o Brasil. O processo faz parte da Consulta Pública n.º 2/025/SUSEP.

Em reunião online promovida pela diretoria da Agência, segunda-feira (22), ficou definido que as propostas buscam possibilitar o afastamento de exigências previstas na minuta que estão em desacordo com a realidade do mercado, cuja participação e reflexos sociais já estão consolidados. O trabalho é conduzido pela procuradora-geral da AAAPV, Dra. Patrícia Müller, e pelo advogado Dr. Danny Cabral.

A apresentação e o envio do documento estão marcados para esta semana, quando se encerra o prazo da consulta pública.

DEFINIÇÃO DAS REGRAS
Em agosto, o Conselho Diretor da Susep discutiu, em reunião, a proposta de Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que estabelece normas gerais aplicáveis às operações de proteção patrimonial mutualista, segundo a Lei Complementar n.º 213/2025. Na mesma data, também foi publicado o edital de consulta pública, com validade de 45 dias, devido à relevância do assunto.

O documento prevê princípios de conduta entre os participantes; critérios para a comercialização dos contratos de participação; direitos, obrigações e deveres das associações e administradoras; regras de rateio e contribuições; além de normas contábeis e de auditoria.

Diretoria da Agência acompanha o andamento das investigações e impetrou Mandado de Segurança para questionar a legalidade das ações

Rio de Janeiro (RJ), 23 de setembro de 2025 – A Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais (AAAPV) informa que presta total apoio jurídico e institucional aos seus filiados em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) por meio da Resolução n.º 1106/2025.

A Agência impetrou Mandado de Segurança junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), processo n.º 3001074-62.2025.8.19.0000, que questiona a legalidade da investigação. A ação judicial fundamenta-se em vícios constitucionais e regimentais na criação da comissão, especificamente: ausência de quórum qualificado, pois a CPI foi proposta por apenas um deputado, em desacordo com a exigência constitucional de subscrição por, no mínimo, um terço dos membros da Alerj; e falta de fato determinado, já que o objeto da investigação é genérico e vago, sem especificar acontecimento concreto e caracterizado, conforme exige a Constituição Federal (CF) e o Regimento Interno da Alerj.

Além disso, a Lei Complementar n.º 213/2025 reconhece expressamente que as operações de proteção patrimonial mutualista não correspondem a operações de seguros e regulamenta a atividade do setor. O processo encontra-se atualmente na 1ª Câmara de Direito Público do TJRJ e aguarda decisão sobre o pedido de liminar para suspensão imediata dos trabalhos da CPI.

A AAAPV afirma que se mantém vigilante e atuante na defesa dos direitos dos filiados, assegurando o respeito aos princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa. A instituição demonstra compromisso com a transparência e a legalidade, colocando-se à disposição dos filiados para quaisquer esclarecimentos adicionais sobre o andamento do processo.

Foto: Alex Ramos/Alerj

Por Portal do Trânsito

A Semana Nacional de Trânsito 2025, que acontece oficialmente entre os dias 18 e 25 de setembro, terá início nesta quarta-feira (17) com atividades de abertura em Brasília, marcando o pontapé inicial de uma série de ações educativas, preventivas e de conscientização em todo o país. O tema deste ano, escolhido por votação popular, é “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, com foco na redução da velocidade como forma de proteger vidas no trânsito.

O evento de abertura contará com a presença do secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, e reunirá especialistas internacionais do Japão e da Tailândia para debater estratégias de segurança para motociclistas, grupo que representa cerca de 40% das vítimas de sinistros no Brasil, segundo dados do Datasus. Durante a cerimônia, também serão apresentadas ações interativas e educativas realizadas em parceria com órgãos locais e associações do setor.

Em diferentes estados e municípios, programação envolve variedade de iniciativas:

  • A Arteris promove atividades educativas nas principais rodovias, com ações de conscientização sobre velocidade e direção segura.
  • A Entrevias, em Ribeirão Preto e Marília, realiza experiências sensoriais para motoristas com depoimentos de vítimas de acidentes e uso de simuladores que reproduzem efeitos de álcool e sonolência.
  • A Eixo SP organiza ações voltadas a caminhoneiros, motociclistas, ciclistas e pedestres, com aferição de pressão, higienização de viseiras, instalação de antenas corta-pipa e distribuição de folhetos educativos.
  • A Ecovias Noroeste Paulista promove 14 ações educativas ao longo das rodovias SP-310, SP-326 e SP-333, envolvendo nove cidades, focadas na prevenção e segurança viária.

Municípios

  • Em Manaus, o IMMU promove serviços gratuitos, atividades educativas, emissão de cartões de transporte e ações de cidadania no Centro de Arqueologia de Manaus, com foco na orientação de pedestres, ciclistas e motoristas.
  • Curitiba lançou a campanha Mão na Faixa e reinaugurou o Circuito Vivencial da Escola Pública de Trânsito, uma minicidade que oferece aulas práticas de trânsito para estudantes.
  • Guarulhos apresenta programação diversificada, com ações para pedestres, motociclistas, servidores e participação em evento nacional sobre boas práticas de mobilidade urbana.
  • Salvador reforça campanhas educativas voltadas para motociclistas, grupo mais vulnerável na cidade. Haverá ações de fiscalização e comunicação baseada em dados, incluindo vídeos, redes sociais, TV, rádio e outdoors.

Estados

  • Em Pernambuco, o Detran-PE promove blitzes educativas, ações em escolas, shoppings e parques. Além disso, interioriza a atuação com o grupo de arte-educadores Turma do Fom-Fom, usando simuladores de carros e motos para sensibilizar motoristas e motociclistas. O órgão também se posiciona sobre a importância da formação adequada em autoescolas para garantir segurança viária.

O especialista em trânsito e diretor do Portal do Trânsito, Celso Mariano, ressalta que a escolha do tema deste ano por voto popular é significativa. Ou seja, isso reforça que a sociedade reconhece a velocidade como fator crítico de risco. “A Semana Nacional de Trânsito é um momento para conscientizar, educar e promover políticas efetivas de segurança, e cada ação local, seja em rodovia ou cidade, contribui para salvar vidas”, argumenta.

A Semana Nacional de Trânsito busca mobilizar toda a sociedade em prol de uma cultura de paz no trânsito. Dessa forma, combinando educação, fiscalização e conscientização, com eventos que vão desde palestras e atividades interativas até campanhas de mídia e ações comunitárias. A cobertura do evento de abertura será transmitida pelo canal do Ministério dos Transportes no YouTube, permitindo o acompanhamento de qualquer lugar do país.

Serviço – Abertura oficial da Semana Nacional de Trânsito 2025

Data: Quarta-feira, 17 de setembro

Horário: 14h30

Local: Auditório Lourenço Chehab – sede do Ministério dos Transportes, Esplanada dos Ministérios, Bloco R, subsolo – Brasília (DF)

Foto: Divulgação Detran/PE

Segundo CEO da ANIP, as tarifas de 50% e 25% impostas pelo governo norte-americano trazem grande preocupação.

Por Portal do Trânsito

Os pneus agrícolas, de carga e os de motocicletas terão uma tarifa adicional, que somada à emergencial, totalizam 50% sobre as exportações para os EUA a partir de 6 de agosto, segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).

De acordo com a entidade, os pneus de passeio permanecem com taxação de 25% (já haviam saltado de 10% para este patamar em maio), enquanto os pneus de aeronaves (não fabricados no Brasil) passaram a ter tarifa adicional de 10%. 

Os pneus de passeio somaram 4,22 milhões de unidades exportadas nos seis primeiros meses deste ano (1,45 milhão aos EUA ou 34% do total), enquanto pneus de carga somaram 1,32 milhão de unidades (502,8 mil destinadas aos EUA ou 38% das exportações). 

As exportações de pneus agrícolas somaram 54,5 mil unidades no primeiro semestre deste ano. Os EUA responderam por 1% dos embarques (392 unidades).

De janeiro a junho deste ano, as exportações de pneus de moto somaram 751,5 mil unidades. Os Estados Unidos foram destino de 8% das exportações, com 63,7 mil unidades. “As tarifas de 50% e 25% impostas pelo governo norte-americano trazem grande preocupação”, diz Rodrigo Navarro, CEO da ANIP.

Segundo Navarro, “trata-se de mais um desafio a ser enfrentado no contexto do setor. Desde 2020 temos convivido com o crescimento das importações, muitas vezes com valores abaixo do custo (dumping), afetando duramente a indústria no país, empregos, investimentos e reduzindo a compra de matérias-primas locais”, destaca.

“Vamos continuar com os esforços junto aos principais interlocutores-chave envolvidos nesse tema. Dessa forma, incluindo Governo Federal, Estadual e outras entidades setoriais, para fortalecer as iniciativas de diálogo com o governo norte-americano”, diz Navarro. 

Foto: Depositphotos

Tema foi debatido pelas comissões de Viação e Transportes e de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara

Por Portal do Trânsito/Agência Câmara de Notícias

A extinção do seguro obrigatório de acidentes de trânsito (DPVAT) tem gerado prejuízos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e desamparo às vítimas, especialmente as de baixa renda, segundo especialistas e parlamentares ouvidos em audiência pública das comissões de Viação e Transportes; e de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados, na última terça-feira (9).

Criado em 1974, o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) garantia indenizações por morte, invalidez e despesas médicas a vítimas de acidentes, independentemente de culpa. Em 2024, o seguro foi extinto e, neste ano, foi sancionada uma lei que impede sua reativação. O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), um dos autores do pedido da audiência, considerou “um erro” extinguir o seguro. Ele lembrou que o DPVAT beneficiava, sobretudo, pessoas sem acesso à Previdência Social ou a seguros privados.

“A cultura do seguro no país, infelizmente, não é do conhecimento da população. Nos últimos anos, quando ainda havia vigência do seguro DPVAT, havia a arrecadação de R$ 5,5 bilhões a R$ 6 bilhões por ano. Metade desse valor era destinada diretamente ao SUS”, afirmou.

Sobrecarga no Orçamento

A representante do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso, destacou que os motociclistas são as principais vítimas de trânsito e que até 60% dos leitos de urgência e de UTI em alguns municípios estão ocupados por acidentados.

Ela destacou que o fim do seguro obrigatório sobrecarregou o orçamento para a Saúde. Segundo Letícia Cardoso, só em internações, os gastos anuais chegam a R$ 449 milhões. “Nós tínhamos 45% da arrecadação destinada ao Fundo Nacional de Saúde para custear os atendimentos às vítimas de trânsito. O Sistema Único de Saúde deixou de receber em média 580 milhões por ano. Desde 2021, essa receita não existe mais, o custo integral está no Orçamento Geral da União”, afirmou.

Letícia Cardoso também destacou a necessidade de investimentos em uma política nacional para prevenção e redução de acidentes.

Defesa das vítimas

Para o presidente do Centro de Defesa das Vítimas de Trânsito, Lúcio Almeida, a extinção do DPVAT representou um descaso total com as vítimas. Segundo ele, vários países mantêm seguro obrigatório para amparar cidadãos que não conseguem arcar com os custos de acidentes. Hoje, os acidentes de trânsito são a segunda causa de morte no Brasil, com 33 mil óbitos anuais e 310 mil pessoas com sequelas.

O presidente do conselho deliberativo do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho, defendeu que a prioridade deve ser a prevenção. Para ele, é mais importante evitar os acidentes do que apenas garantir um fundo para indenizar as vítimas. “Nós devemos provisionar verbas do DPVAT para atendimento à vítima ou prevenir os acidentes? É essa a reflexão que a gente quer trazer. A prevenção pode vir do fator veicular, do fator via e do fator humano”, afirmou.

A audiência conjunta que debateu a reativação do seguro DPVAT foi solicitada pelo deputado Hugo Leal na Comissão de Viação e Transportes e pelo deputado Duarte Jr. (PSB-MA) na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

O uso inadequado de iluminação atrapalha outros condutores, especialmente em vias com pista simples e mão dupla.

Por Portal do Trânsito

Trocar a iluminação original dos veículos por lâmpadas de LED ou xenon sem autorização do fabricante é uma prática que vem se espalhando pelo país. O alerta é que isso pode trazer sérios riscos à segurança viária. Além de prejudicar a visibilidade, essa modificação é considerada infração grave pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ela está sujeita a multa de R$ 195,23, cinco pontos na CNH e retenção do veículo para regularização.

De acordo com a Resolução nº 970/2022 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), só se permite a substituição da fonte de luz dos faróis por outra tecnologia quando expressamente indicada pelo fabricante. Caso contrário, a alteração é ilegal e pode ofuscar a visão de outros motoristas, aumentando o risco de sinistros.

Estética x segurança

Em Santarém (PA), por exemplo, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) tem reforçado o alerta aos condutores. O secretário Marcelino Xavier destaca que a estética não deve se sobrepor à segurança. “O sistema de iluminação do veículo é um item de segurança, e qualquer alteração sem respaldo técnico pode causar sérios riscos no trânsito. Muitas vezes, o condutor acredita estar melhorando a visibilidade, mas na prática, pode estar ofuscando outros motoristas e provocando situações perigosas”, alerta.

A chefe do Núcleo de Operações Viárias da SMT, Camila Carvalho, afirma que agentes de fiscalização têm flagrado casos recorrentes de faróis muito fortes e mal direcionados. “O uso inadequado de iluminação atrapalha outros condutores, especialmente em vias com pista simples e mão dupla, como é comum em muitos bairros da cidade”, explica.

Para quem busca melhorar a iluminação do veículo, existem alternativas legais e seguras. O agente de trânsito Rafael Dantas orienta que a manutenção preventiva é a melhor solução. “O ideal é que o condutor faça a manutenção correta do sistema de iluminação, substituindo por lâmpadas halógenas de boa procedência, limpando as lentes dos faróis e regulando o facho de luz. Muitas vezes, a queda na eficiência do farol está relacionada à sujeira ou desalinhamento, e não à lâmpada em si”, recomenda.

O alerta vale para todo o Brasil: pequenas alterações feitas de forma inadequada podem ter grandes consequências. Antes de qualquer modificação, é essencial consultar o manual do veículo e buscar orientação técnica.

Foto: SMT Santarém

PL prevê a obrigatoriedade dessas empresas de custear 30% das despesas médicas relacionadas ao atendimento hospitalar das vítimas de acidentes ocorridos nas vias sob sua gestão

Por Portal do Trânsito

Com o objetivo de aumentar a responsabilidade das concessionárias de rodovias na segurança viária, o deputado Bruno Ganem (PODEMOS/SP) apresentou o Projeto de Lei 3419/2025, que prevê a obrigatoriedade dessas empresas de custear 30% das despesas médicas relacionadas ao atendimento hospitalar das vítimas de acidentes ocorridos nas vias sob sua gestão.

O projeto estabelece que os custos cobertos pelas concessionárias englobem internação, exames, cirurgias, medicamentos e demais procedimentos essenciais ao tratamento dos acidentados. Além disso, as empresas deverão implementar planos contínuos voltados para a redução dos acidentes, contemplando melhorias na sinalização, campanhas de conscientização, fiscalização e manutenção regular das rodovias.

O descumprimento das obrigações pode acarretar multas a partir de R$ 500 mil, suspensão temporária das atividades e até rescisão dos contratos de concessão, conforme a gravidade e reincidência das infrações.

Justificativa

A justificativa do projeto enfatiza que, ao assumir parte dos custos médicos, as concessionárias terão maior incentivo para investir em tecnologias assim como em melhorias que elevem a segurança das rodovias, contribuindo para a redução dos acidentes e aliviando a sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além disso, a proposta prevê a manutenção de registros detalhados das áreas com maior incidência de acidentes, promovendo maior transparência e permitindo a aplicação estratégica dos recursos para prevenção.

Esta iniciativa reforça a ideia de que a segurança no trânsito é uma responsabilidade compartilhada entre governo, concessionárias e usuários, além disso, que o alinhamento de interesses financeiros pode resultar em estradas mais seguras e um sistema de saúde pública mais sustentável.

O PL 3419/2025 segue agora para análise nas comissões pertinentes antes de seguir para votação no plenário.

Foto: inginsh para Depositphotos

BEV e PHEV respondem por mais de 7% das vendas em agosto, reforçando o avanço da eletrificação

Por Inside EVS

O mercado automotivo brasileiro encerrou agosto de 2025 com 214.380 emplacamentos, uma queda de 6,9% em relação a julho e retração de 3,8% frente a agosto do ano passado. O menor número de dias úteis no mês ajudou a explicar o recuo, mas entre os veículos eletrificados o movimento foi o oposto: crescimento consistente e consolidação de participação.

De acordo com levantamento da Bright Consulting, os veículos eletrificados (BEV, PHEV, HEV e MHEV) registraram 24.540 unidades em agosto, praticamente estáveis frente a julho (24.486), mas 70,3% acima do volume de agosto de 2024. Com esse resultado, a categoria respondeu por 11,4% do mercado total no mês e já soma 160.191 unidades no acumulado do ano, um avanço de 48,5% sobre 2024.

Um ponto importante é que, assim como a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), nosso levantamento editorial não considera os mild-hybrids (MHEV) como parte dos eletrificados, já que possuem apenas um nível básico de eletrificação. Nesse recorte, os números de agosto apontam para 19.745 unidades eletrificadas plenas (BEV + PHEV + HEV), o equivalente a 9,2% do mercado, um número expressivo.

BEV e PHEV já passam de 7% do mercado

Um recorte relevante é o dos veículos que “vão na tomada” — os 100% elétricos (BEV) e os híbridos plug-in (PHEV). Essa categoria somou 14.962 unidades em agosto, o que representa 7,0% dos emplacamentos gerais. É um padrão seguido em diversos mercados desenvolvidos, que usam BEV+PHEV como referência para medir a penetração da eletrificação.

Força das marcas chinesas

As marcas chinesas seguem em expansão, passando de 9,2% do mercado total em julho para 9,9% em agosto. O desempenho é puxado principalmente pela BYD, que domina entre os elétricos, e pela GWM, que têm o líder entre os híbridos plug-in. Esse movimento confirma a consolidação das montadoras chinesas no Brasil.

Acumulado do ano e perspectiva

De janeiro a agosto, os veículos eletrificados plenos já somam 128.620 unidades, o que representa um crescimento expressivo em relação a 2024. Considerando apenas BEV e PHEV, já são 96.787 veículos no ano, reforçando que a eletrificação conectada à recarga externa avança rápido no país.

Se o ritmo atual se mantiver, 2025 deve encerrar com mais de 200 mil eletrificados plenos, sendo ao menos 150 mil plugáveis (BEV + PHEV), consolidando um novo patamar histórico para o mercado brasileiro.

Foto: Motor1 Brasil

Nova ferramenta da PRF começa a corrigir falha estrutural e ajudará a tirar carros inseguros de circulação

Por Portal do Trânsito

A frota de veículos sinistrados com indenização integral por colisão ultrapassou 1 milhão de veículos em 2019, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). No entanto, apenas uma parcela mínima desses automóveis passou pela inspeção veicular obrigatória e obteve o Certificado de Segurança Veicular (CSV).

O cenário escancara uma falha estrutural na classificação dos danos de veículos sinistrados como um todo e no controle de sinistros sem vítimas, o que reforça a importância do novo CST (Comunicação de Sinistro de Trânsito), sistema digital lançado pela Polícia Rodoviária Federal e que está em vigor desde 1º de julho de 2025.

Acidentes sem vítimas ou sem a efetuação de boletim de acidente de trânsito (BAT) não geram classificação de danos nos veículos, assim como também não entram para as estatísticas da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre restrições administrativas. Estados com grandes frotas apresentam números ínfimos de restrições administrativas em veículos sinistrados com danos de média monta, conforme os dados de 2024: Foram 11.295 veículos em São Paulo, 956 veículos em Minas Gerais, 2 na Bahia e nenhum no Rio de Janeiro.

Daniel Bassoli, diretor executivo da Federação Nacional da Inspeção Veicular (FENIVE), explica que, ainda que em menor escala, todos os estados enfrentam o mesmo problema, com carros comprometidos estruturalmente circulando livremente, muitas vezes revendidos no mercado sem qualquer alerta ou histórico visível ao comprador. “O CST é um passo essencial para corrigir essa falha. Ele formaliza o registro de acidentes sem vítimas em rodovias federais e permite que o dano ao veículo seja classificado, o que abre caminho para um controle mais efetivo. Mas ainda há muito o que fazer para classificar corretamente os danos dos veículos acidentados, como realização de boletim de acidente de trânsito em toda a frota sinistrada”, afirma.

Falta de controle

Antes da criação do CST, grande parte dos acidentes sem vítimas não gerava registro formal pelas autoridades, pois são considerados episódios de baixa relevância. Sem boletim com fotos ou inspeção, costumava-se reparar veículos com danos estruturais severos e retorná-los à circulação, o que representa risco à segurança de motoristas, passageiros e pedestres. Em alguns casos, os veículos sinistrados eram revendidos pelo valor integral de mercado, sem qualquer menção ao sinistro.

“É um risco real e recorrente. A falta de registro permite fraudes e compromete diretamente a segurança no trânsito”, afirma Bassoli. “O consumidor que compra um carro recuperado de um sinistro grave sem saber, está sendo enganado e ainda colocando sua vida e de outras pessoas em risco”, analisa. Bassoli afirma que o modelo da PRF deveria ser adotado, inclusive, por órgãos de fiscalização de trânsito estaduais e municipais. “É fundamental que se amplie o CST. O problema não se limita às rodovias federais”, defende Bassoli.

A medida encontra respaldo na Resolução 810/2020 do Contran. Ela exige que todo veículo envolvido em acidente seja avaliado para classificação do dano e quanto à sua possibilidade de retorno à circulação. No entanto, a norma ainda esbarra na ausência de integração entre sistemas e na falta de exigência de imagens nos boletins eletrônicos. “Sem foto, sem laudo, sem inspeção. É assim que veículos avariados continuam escapando do controle técnico”, alerta.

De acordo com Bassoli, a expectativa é a de que o CST sirva como modelo de padronização. Dessa forma, integrando bancos de dados dos Detrans, seguradoras e órgãos fiscalizadores. Com isso, será possível rastrear sinistros, exigir inspeção quando necessário e garantir que apenas veículos seguros voltem a circular. “O CST ajuda a proteger o consumidor e a preservar vidas”, conclui.

Foto: Pixabay

Adulteração geralmente ocorre com a adição de água ou outros solventes à gasolina ou ao etanol. Os sinais dessa mistura podem incluir aumento no consumo de combustível e ruídos incomuns no motor.

Por g1 Carros

Uma megaoperação foi realizada na manhã desta quinta-feira (28) para desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

O grupo sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, segundo autoridades da Fazenda de SP. As irregularidades foram identificadas em diversas etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis no país.

Parte do esquema promovia adulteração de combustíveis com metanol, substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação.

O g1 ouviu especialistas e mostra como identificar se seu carro foi abastecido com gasolina ou etanol adulterado. “O metanol tem alta capacidade de combustão, a água não. Além disso, nos testes a água separa totalmente do combustível, o metanol não”, explica Tenório Júnior, técnico e professor de mecânica automotiva.

Os métodos mais comuns de adulteração de gasolina são a adição de mais etanol do que os 30% permitidos por lei, ou diluição em água ou outros produtos, como a nafta.

Segundo Orli Robalo, mecânico em Porto Alegre (RS), um dos sinais comuns de resposta do carro mal abastecido é o acendimento de luzes no painel. “O combustível alterado faz com que sature a leitura dos sensores e faz ligar essa luz”, aponta o especialista.

Denis Marum, mecânico com formação em engenharia mecânica, afirma que a perda de potência é um sinal claro de combustível adulterado. “Assim que você abastece, o pedal do acelerador fica ‘borrachudo’. Você sente que precisa acelerar mais para obter a mesma velocidade”, diz.

Marum aponta outros indícios, como:

  • Consumo elevado: “geralmente, o consumo médio despenca 30%. É fácil de perceber para quem faz o mesmo percurso diariamente: o tanque dura menos”, diz o especialista;
  • Dificuldade para pegar pela manhã;
  • Ruído do motor semelhante ao de uma corrente de bicicleta trocando de marcha. “Esse ruído ocorre nas saídas e, principalmente, em subidas, momentos em que o motor é mais exigido”, aponta;
  • Odores estranhos saindo do escapamento;
  • Cheiro de solvente ou querosene.

José Luiz de Souza, especialista da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), explica que é possível identificar combustível adulterado antes mesmo de abastecer. Para isso, basta coletar 50 ml de gasolina e misturar com a mesma quantidade de água e sal.

Depois de misturado, o etanol que estava na gasolina se junta à água e, após um repouso de 10 minutos, os líquidos se separam, com a gasolina ficando na parte superior da proveta.

Como a gasolina brasileira pode conter até 30% de álcool, a separação entre os líquidos deve ocorrer na marca de 65 ml. Em alguns postos, a legislação mais recente permite até 30% de etanol.

“Se tiver abaixo disso a gasolina não está em conformidade. Se estiver a cima, tem mais álcool que o permitido”, disse José Luiz de Souza, especialista da ANP.

Eustáquio de Castro, coordenador do Laboratório de Pesquisa e Análise de Petróleo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), explica que é possível aplicar um teste de densidade no próprio posto de combustíveis.

A resolução nº 9 da ANP, de 7 de março de 2007, determina que todos os postos de combustíveis devem ter kits para realizar esses testes. Neste caso, um densímetro que deve apontar no máximo 0,75425 t/m3 para a gasolina.

“Se estiver muito abaixo é sinal que tem nafta, porque a nafta é solvente, tem uma densidade menor. Então por aí já tem o indício”, explicou o coordenador do laboratório.

O que é o metanol?

Segundo a ANP, o metanol é um dos compostos orgânicos mais relevantes na indústria química. Ele é usado como matéria-prima na fabricação de produtos como adesivos, solventes, pisos e revestimentos.

Produzido a partir do gás natural, o metanol também é usado na fabricação do biodiesel — um combustível renovável misturado ao diesel comum.

A agência aponta que os produtores do biodiesel correspondem a 52% do consumo de etanol no Brasil e o restante está aplicado em produtos como formol, resinas e na preparação de madeiras e compensados.

O metanol pode ser usado para adulterar etanol e gasolina, oferecendo “riscos à saúde humana e à segurança pública e privada, quando armazenado e transportado sem os cuidados necessários”, segundo a ANP.

De acordo com as resoluções 807/2020 e 907/2022, a ANP permite um limite máximo de 0,5% de metanol na composição da gasolina e do etanol. Segundo a operação, o combustível do PCC chegava a ter 90% de metanol na composição.

Foto: reprodução/TV Globo

Usuários e empresas já investem em painéis fotovoltaicos para recarregar a bateria dos automóveis sem precisar da rede elétrica

Por Estadão Mobilidade

Uma das soluções para o fornecimento de energia destinada à recarga da bateria dos veículos elétricos vem do céu. O “combustível” gerado a partir da radiação do Sol se apresenta como eficiente alternativa na hora de reabastecer os carros com esse tipo de propulsão e sem depender da rede elétrica.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia solar representa, atualmente, a segunda maior fonte do País, correspondendo a 23% da capacidade instalada da matriz elétrica.

Os 60 gigawatts (GW) operacionais estão divididos em duas áreas: a geração distribuída (promovida pelos próprios consumidores, quando instalam, por exemplo, placas fotovoltaicas nos telhados de suas casas) e a centralizada (vinda das usinas, conectadas ao sistema interligado nacional).

Enquanto os usuários recorrem à tecnologia em suas residências para executar a recarga da bateria – sem depender da eletricidade –, as empresas vêm investindo na montagem de estações.

“Essas unidades entram em ação a partir da integração de módulos fotovoltaicos, sistemas de armazenamento (baterias) e carregadores elétricos”, explica Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, empresa de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções para a geração distribuída. “A estrutura capta, armazena e disponibiliza energia diretamente do sol para os automóveis.”

O funcionamento dos painéis solares tem um processo relativamente simples, mas altamente tecnológico. Primeiramente, eles são instalados nas coberturas das estações para absorver a radiação solar e a transformam a energia elétrica em corrente contínua.

“A energia é enviada para um inversor, que converte a corrente contínua em alternada, apropriada para uso em equipamentos e carregadores. Parte dessa energia pode ser armazenada em baterias, garantindo o abastecimento mesmo em horários com baixa intensidade de luz solar”, afirma.

Custos para geração de energia solar

Os custos ainda assustam um pouco, porém, Bourscheidt garante que o retorno é garantido. “Em uma residência pequena, o custo da instalação de placas solares é de, em média, R$ 8 mil. Uma de médio porte pagará R$ 12 mil e uma grande, R$ 24 mil. O retorno do investimento acontece em aproximadamente três anos”, diz.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a recarga com a tecnologia impulsionada pelo Sol é 74% menor em relação ao valor do reabastecimento de um carro com motor a combustão.

A própria Energy + está sentindo no bolso os efeitos da energia solar. Bourscheidt diz que as empilhadeiras elétricas usadas em seus centros de distribuição, sempre recarregadas pelo sistema de placas fotovoltaicas, têm custo operacional 97% menor sobre uma máquina similar movida a gás liquefeito de petróleo (GLP).

O executivo identifica um movimento crescente de shoppings centers, edifícios corporativos e postos de combustível na implementação de um modelo híbrido de estação de energia solar e carregamento elétrico.

Os custos ainda assustam um pouco, porém, Bourscheidt garante que o retorno é garantido. “Em uma residência pequena, o custo da instalação de placas solares é de, em média, R$ 8 mil. Uma de médio porte pagará R$ 12 mil e uma grande, R$ 24 mil. O retorno do investimento acontece em aproximadamente três anos”, diz.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a recarga com a tecnologia impulsionada pelo Sol é 74% menor em relação ao valor do reabastecimento de um carro com motor a combustão.

A própria Energy + está sentindo no bolso os efeitos da energia solar. Bourscheidt diz que as empilhadeiras elétricas usadas em seus centros de distribuição, sempre recarregadas pelo sistema de placas fotovoltaicas, têm custo operacional 97% menor sobre uma máquina similar movida a gás liquefeito de petróleo (GLP).

O executivo identifica um movimento crescente de shoppings centers, edifícios corporativos e postos de combustível na implementação de um modelo híbrido de estação de energia solar e carregamento elétrico.

Evolução das placas fotovoltaicas

Numa comparação, um balanço do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, aponta que a plantação de cana-de-açúcar em um hectare agrícola (10 mil metros quadrados) rende sete mil litros de etanol por ano – volume suficiente para um carro flex rodar cerca de 63 mil quilômetros.

A mesma superfície com painéis solares pode entregar 23 vezes mais energia (967,6 MWh), “combustível” que permite um automóvel elétrico percorrer 5,4 milhões de quilômetros.

De acordo com a CGEE, a eficiência das placas fotovoltaicas varia de acordo com a tecnologia empregada e o local de instalação, se há maior ou menor incidência do Sol. A Aneel também já descreveu a qualidade da luz solar no Brasil. “O ‘pior’ sol do País, que está no Paraná e apresenta irradiação de 1.500 KWh/m² ao ano, é superior ao melhor sol da Alemanha – pioneiro em geração de energia solar no mundo.”

Nos últimos seis anos, as placas solares evoluíram bastante, com o aprimoramento na construção das células e a potência aumentada de 270 para até 700 watts. “A garantia, geralmente, é de 25 anos, quando o painel estará operando com 92% de sua capacidade”, destaca.

No entender de Clemente Gauer, diretor da ABVE, as estações solares são importantes para descentralizar a geração de energia, trazendo benefícios aos consumidores e empresários, que investem na instalação de placas fotovoltaicas. “É um efeito cascata. O frete fica mais barato, o preço dos alimentos diminui, o usuário economiza e a economia se fortalece”, raciocina.

Foto: Adobe Stock

Portaria assinada pelo Ministério do Trabalho será publicada no Diário Oficial e exigirá laudo técnico para liberar o pagamento

Por O Globo

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assinou nesta sexta-feira a portaria que regulamenta o pagamento de adicional de periculosidade a agentes de trânsito. A medida altera a Norma Regulamentadora nº 16 (NR 16) e dá efetividade à Lei nº 14.684/2023, reconhecendo oficialmente os riscos acentuados enfrentados pela categoria em atividades como fiscalização em vias públicas, operações de trânsito e situações de violência urbana.

O benefício reconhece que a atividade envolve riscos elevados, como colisões, atropelamentos e situações de violência. Ele já estava previsto na Lei nº 14.684/2023, aprovada no ano passado pelo Congresso, mas dependia da regulamentação do Executivo.

Mesmo após a publicação da portaria, o pagamento não será imediato. Para os trabalhadores contratados pela CLT, será necessário comprovar a exposição ao risco por meio de laudo técnico elaborado por médico do trabalho ou engenheiro de segurança, conforme determina a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Norma Regulamentadora nº 16.

No caso dos servidores estatutários — maioria da categoria em estados e municípios —, a concessão do adicional dependerá de regulamentações locais ou de negociações específicas com os governos regionais.

Durante o ato, que reuniu centrais sindicais, o ministro Luiz Marinho destacou a conquista como resultado da união da categoria e do trabalho da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), retomada pelo governo Lula.

— A união da categoria e os esforços dos representantes da CTPP foram preponderantes para a conquista — disse Marinho.

O adicional de periculosidade já é garantido a profissionais como eletricistas, vigilantes e trabalhadores que lidam com inflamáveis e explosivos. Com a assinatura da portaria, os agentes de trânsito passam a integrar oficialmente esse grupo, aguardando apenas a publicação para que a medida entre em vigor.

De acordo com o ministro, a portaria será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira, 25, e passa a valer imediatamente.

Foto: Divulgação